18 de março de 2015

Aos que se esquecem do Amor..

'' Há alturas em que não me sinto deste tempo. Onde tudo é descartável e fácil. Onde se coloca no lixo aquilo com o qual não nos apetece lidar. Onde não é necessário empenharmo-nos no que dá trabalho, pois do outro lado da rua se encontra com facilidade uma outra opção disponível e menos trabalhosa. Que até sorri e é leve e fácil. Não sou deste tempo onde se acha que se ama, mas assim que algo treme, se dá um passo atrás e se decide ir em busca de algo que não nos desnorteie as ideias. Em sucessão. Buscando, em vão, uma relação perfeita. Ou que, por e simplesmente, não nos mace e dê dores de cabeça. Não dando tempo, sequer, para perceber o que poderia - ou não - resultar. Onde é mais fácil desistir do que persistir. 

 Decididamente, não sou deste tempo fácil e de descarte automático. Onde se sente pouco e em doses controladas. Não sei entrar pela metade de mim, resguardando o resto para, no caso de correr mal, os estilhaços não serem por inteiro. Dou-me sem nunca aprender e não fazendo pagar a quem chega as atitudes de quem se ausentou. Não sei mostrar apenas a superfície de mim. Não sei ser ao de leve. Não sei ser só um bocadinho. Não amo com facilidade mas, quando amo, amo com tudo de mim. Amo, não sem espernear, tudo do outro. No bom e no mau. No fácil e no difícil. 

 Não sou deste tempo.
 E não quero aprender a ser. ''        ( texto da autora Rita Leston )

Concordo tanto com estas palavras... Acredito que, para uma relação durar, tem que se lutar por ela, dar tudo de nós e não desistir à mínima dificuldade. Também eu, só sei amar, dando tudo de mim, mesmo sabendo os riscos, de me partir, de sofrer... Mas não consigo ser (nem poderia ser) diferente, dessa forma, não estaria a amar incondicionalmente e para mim, esta é a única forma de amor que faz sentido... Este amor que te tenho, este amor, que com todas as dificuldades de uma vida, com todas as lutas, resistimos e caminhamos lado a lado. A minha mão na tua, a minha cabeça no teu peito, os nossos abraços apertados e assim vamos seguindo por esta estrada, pode não ser fácil, mas vale a pena. E muito.  

Deixo ainda, estas simples frases, mas tão certeiras, ouvidas numa destas noites :
'' O amor morre quando as pessoas não o estimam, não o mimam, não cuidam... não se dedicam... dão as coisas como adquiridas...
O amor é como uma guerra, no bom sentido; a gente tem que combater por ele todos os dias.
As pessoas muitas vezes, esquecem-se do amor... ''  ( novela Jardins Proibidos )

14 comentários:

  1. Infelizmente, parece que hoje em dia ninguém se preocupa com o amor, ninguém quer viver um ou cuidar do que tem. Tenta-se a via mais fácil e menos trabalhosa, digamos assim, o que faz com que se perca imensa coisa.
    Identifiquei-me tanto com o texto!

    Beijinhos, minha querida ♥

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    1. Exactamente, é o que eu penso. E também me identifiquei por isso...

      Beijinho grande para ti também :)

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  2. r: Muito, muito obrigada! Quando publicar as fotos daquele dia de passeio, publico também algumas do carvalho (ainda que não tenha conseguido fotografar toda a sua grandeza). A sério, é mesmo bom ler isso *.*

    Beijinhos*

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  3. Também concordo muito com estas palavras mas cada vez mais vejo há minha volta pessoas que há mínima dificuldade viram costas à relação porque não estão para ter trabalho ou chatices... Pergunto-me se quererão de facto alguém nas suas vidas... É que todas as relações têm os seus altos e baixos e nem sequer me refiro só às relações amorosas, as amizades também têm esses altos e baixos e com a família então há imenso disso...

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    1. É verdade, hoje em dia, as pessoas cada vez se esforçam menos. E como referiste, não é apenas nas relações amorosas... penso que, no fundo as pessoas estão menos '' ligadas'' umas às outras, hoje em dia é tudo demasiado superficial. Tantas redes socias, mas cada vez mais, as pessoas se afastam à minima contrariedade, nas amizades, por vezes não se estima quem supostamente é amigo ou não '' se está lá '' quando é necessário e na família então... muitas vezes é onde acontece mais e onde mais me entristece... tendo em conta, que a família deveria ser o núcleo forte, de protecção, de apoio.... Quero acreditar, que nem todas as famílias são assim... e ainda bem.

      Beijinho querida*

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  4. Tudo isto é amor! Não podia concordar mais!

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  5. O amor está muito banalizado, muito mesmo...

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    1. Está mesmo... e o amor é tudo, menos banal ;)

      Beijinhos ;-)

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