28 de fevereiro de 2016

Onde guardamos o amor ?


'' Às vezes pergunto-me onde guardamos nós este amor todo, quando ainda não temos filhos. Onde fica depositada esta quantidade de sensações que a maternidade nos põe ao léu, em carne viva. Não se desperdiça, sei que não. No Amor, tal como na Natureza, nada se perde, porque tudo se transforma. Ficamos capazes de amar desmedidamente outros entes queridos, outras paisagens, outros mundos à volta.
Mas ainda assim, sabendo esta verdade quase absoluta, não me lembro de ter amado nada parecido antes de ter sido mãe. E essa constatação assusta. '' - ( texto do bonito blogue da Marta - Dolce Far Niente ).
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Gostei deste texto... Não sei onde guardo todo este amor, mas sei que é imenso, infinito. Um oceano, pronto a transbordar à espera desse momento, e quero muito acreditar, que um dia, vai acontecer.
 Até lá, como diz a autora, vou amando desmedidamente outros mundos. Até que surja esse amor maior, esse amor que assusta. Esse amor a quem damos vida e pelo qual daria a vida.
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 Deixo-vos com estas músicas, todas de autores portugueses. Todas tão bonitas.
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Tiago Bettencourt - Fúria e Paz
Diogo Piçarra - Sopro
Carolina Deslandes - Heaven
Darko - Until the Morning Comes
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 E com estes três cantinhos. O primeiro, para quem gosta de arte, de desenhos, de coisas bonitas. O segundo, para quem é curioso (como eu) e gosta de factos sobre a nossa cultura, curiosidades, história. E por último, um blogue bonito e inspirador.

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Grace Upon Grace
*Autoria da foto - Grace Upon Grace

23 de fevereiro de 2016

O amor que trago dentro...

De volta. De volta a este lugar que me faz tão bem… este meu canto de partilhas, de coisas boas. De amor. Regresso não só ao blogue, mas também a esta terra montanhosa, onde lá bem no alto, os Alpes cobrem-se de neve e o ar gelado sente-se no rosto. Volto, trazendo em mim, calor, sol e luz. Muita luz, desse lugar que trago no coração, desse lugar, onde sou verdadeiramente feliz. .

Partimos da Suíça debaixo de uma neve intensa e de um frio gélido, para um sol luminoso e belo em Lisboa. Ainda no avião, avisto o rio, a ponte 25 de Abril e a orla tão bonita das praias de Sintra. Sinto as lágrimas a querem surgir… Contenho-me. Um pouco por vergonha dos que me rodeiam... Avistar Portugal, ver, mesmo que seja ao longe e ainda bem lá do alto, tem sempre este efeito em mim, um nó na garganta, uma saudade e uma ansiedade que se agiganta, uma vontade de chorar imensa. Ficámos separados, ele do lado contrário do avião, diz-me mais tarde, que avistou ao longe, o Palácio da Pena no topo da serra. E foi assim que fomos recebidos e chegámos ao lugar que chamamos Casa.

Nestes dias, as palavras, família e amor, dominaram. Mas mais do que palavras, foi o que senti e o que trago dentro...

Conheci o meu sobrinho bebé (filho do meu irmão mais novo), com pouco mais de um mês… coisa boa, calminho, sereno… No meu colo, atento, olhou para mim e para tudo que o rodeia, com uma curiosidade tão própria e bonita de quem tem o mundo por descobrir e conhecer. Quase como se o quisesse sorver de uma só vez. Um amor! Um pequenino (grande) amor.

Abracei os sobrinhos já maiores (doze e dezasseis anos, filhos da minha irmã), conversámos, brincámos. Numa tentativa de recuperar um tempo (perdido), que nunca se recupera…

E entre beijos e abraços fortes, voltei a ver a barriguitas linda, a irmã de coração, a minha cunhada e o meu irmão (mais velho) quase a serem pais. Trago em mim, as conversas boas, os risos, os abraços, a cumplicidade, o amor que vi e não esqueço… as festinhas imensas que a vi a dar na barriguinha já enorme. O que senti, quando ao querer sentir o bebé, o malandro quis dizer um olá à tia, com um pontapé grande, que me assustou, mas ao mesmo tempo, fez-me rir e deixou-me tão contente e feliz. Feliz por estar ali, feliz por eles. Entretanto este bebé, já se juntou à família, no dia do amor, no dia 14 deste mês. Não encontro presente melhor que este… Mais um amor pequenino! Bem-vindo meu anjo, estou ansiosa por te conhecer. Já te esperávamos há muito…

Nestes dias, procurei absorver o melhor… sentir o sol no rosto, aqui o sol fica escondido muitas vezes, atrás das montanhas, sentir-me em casa… Bebi café na pequena mesa de madeira na varanda, a ouvir os sons da noite… uma noite que estava calma, serena, sem frio. Mais tarde já no quarto deitada, começa a chover intensamente e em pensamento, agradeci aquele bocadinho, aquele momento de tranquilidade que me foi concedido... O meu, o nosso quarto, as saudades que eu tinha, deste espaço… tento sempre reter tudo em mim… o cortinado onde a libelinha mora. As flores pequeninas, rosas e brancas da jarra na mesa de cabeceira, assim como a bailarina de loiça branca que eu escolhi como adorno. Talvez para me lembrar, que a vida deve ser levada como uma dança, com alegria. Nem sempre no compasso certo.. mas guiada por amor.

Só temos a verdadeira noção da falta que tudo nos faz, no regresso, em Casa, onde nos sentimos em Casa. Podemos ao longe sentir saudades, mas é no regresso, quando sentimos a alegria do reencontro da família, dos nossos amores, dos lugares, das coisas simples que nos fazem tão bem, aí sim, temos a consciência, do quanto tudo aquilo nos faz falta… uma imensa falta.

Encontrei ainda, no mar, o meu refúgio, a minha paz. Precisava de ver o mar… Durante dois dias, descansámos, namorámos à beira-mar, na vila bonita da Ericeira. A terra das casas em tons de branco e azul, tão simples, tão bonitas... A Ericeira tem um pôr-do-sol, dos mais bonitos que já vi… parece pintado a aguarelas, onde cada traço faz parte de uma pintura, serena e perfeita. Nestes dias aproveitei para fotografar, para trazer comigo um pouco desta beleza, mas soube também, pôr a câmara de lado. Contemplar, reter o máximo que conseguisse. E o que eu adoro o mar no Inverno… É no Inverno que ele mostra o quanto é deslumbrante. No Verão, o mar é de todos. No Inverno pertence apenas a ele próprio e às gaivotas que o sobrevoam..

As imagens que deixo neste Post (e nos próximos), são imagens de momentos bonitos, de simplicidade, de saber tirar o melhor da vida... As ondas do mar, o pôr-do-sol, a areia dourada pelos últimos raios de luz, uma gaivota que passa. Um cão que brinca com a dona, uma mulher que contempla o oceano, um casal que namora à beira do mar... Momentos simples, mas tão bonitos. Espero que sintam um pouco do que eu senti nesta viagem. Deixo ainda, e irei deixar nos próximos posts, um pequeno vídeo, apesar de não ter muito jeito para filmar, quis trazer comigo, um pouco mais de mar.

Este post é ainda, um agradecer. Agradecer pelos momentos preciosos, pelos lugares que nos estão no coração. Agradecer pela dádiva preciosa que é a vida, em que mais dois bebés se juntam à família. Agradecer por todo o amor que vi e vivi... Agradecer pelos vossos comentários (que entretanto já respondi ;), que me fizeram sorrir e ficar tão feliz... Um Obrigada a todos. Um Obrigada, à Vida





A natureza pinta assim...





 '' A felicidade é uma soma significativa de coisas insignificantes.'' - Pedro Chagas Freitas

Memórias de um amor..

Saudade..

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