28 de março de 2015

Não há lugar como a nossa casa..

Foto de autor desconhecido
Fim de tarde de Março, fim de tarde de uma Primavera, que parece não querer chegar. Está vento, muito vento... olho pela janela da cozinha e vejo o campo, as árvores de fruto, as flores... E pergunto-me, o que verei eu, em breve, da janela dessa casa, onde vou morar ? Tão longe daqui... tão longe da minha verdadeira casa...

Falta um mês para eu partir... sinto-me dividida. Por um lado ansiosa; porque vens cá a Portugal, vens passar uma semana comigo e parece que nunca mais chegas. Por outro lado, não quero que o tempo passe, porque sei que partiremos os dois para um país que não é o nosso, para uma casa que não a sinto como nossa. Podem dizer, mas é só uma casa... Mas o nosso lar, nunca é só uma casa, está carregado de memórias... memórias vividas que a tornam única...
o chão, onde namorámos, quando ainda estava vazia; a varanda, onde tantas noites, bebemos um café, a olhar a lua, a ouvir os sons da noite, onde conversámos e rimos, de conversas tontas, nossas... o quarto, onde dancei contigo, onde te abracei forte... esse refúgio, onde tantas vezes me senti protegida nos teus braços...

Dou por mim, por vezes, a querer levar tudo connosco... como se isso fosse possível... E ao mesmo tempo, a querer deixar tudo como está, deixá-la intacta, para sempre que voltar a ela, a sentir como nossa... 

Sinto, que me estou a despedir de tudo e custa-me tanto... O deixar não só a casa, mas o nosso país.... as nossas pessoas, família. Tudo o que conhecemos...

Contei-te, que uma destas noites, não conseguia adormecer. Nunca mais dormi bem, desde que partiste. E na tentativa de adormecer, de serenar a mente de todos estes pensamentos... tentei pensar em algo que me acalmasse, o campo... o mar e os seus sons; das gaivotas... do bater das ondas... Mas nada disso me acalmou... e o que me veio à mente, foi, o deitar a cabeça no teu peito... onde tantas vezes adormeci e onde me sinto segura... 

Por isso amor, sei que quando aí estiver e sentir saudades de casa (e de casa, refiro-me a muito mais, do que a habitação, refiro-me a Portugal), terei sempre o teu peito, onde a minha cabeça repousa, onde oiço o teu coração, o teu respirar... ou quando me apertas no teu abraço... me confortas e nesses abraços, esqueço tudo... esqueço o mundo... Sim, aí amor... também me sinto em casa. 

Deixo-vos esta música, tão bonita - The Cinematic Orchestra - To Build a Home

* Texto relacionado, aqui.

20 de março de 2015

E porque hoje é dia internacional da Felicidade..



Ainda vou a tempo, de deixar esta imagem, que me fez sorrir.
A felicidade, está nas coisas simples, que nos fazem sorrir e naqueles momentos preciosos,
que queremos guardar em nós para sempre.

'' A felicidade é um bem que se multiplica ao ser dividido. '' - Frase de Marxwell Maltz

Deixo ainda esta música - OneRepublic - Good Life

18 de março de 2015

Aos que se esquecem do Amor..

'' Há alturas em que não me sinto deste tempo. Onde tudo é descartável e fácil. Onde se coloca no lixo aquilo com o qual não nos apetece lidar. Onde não é necessário empenharmo-nos no que dá trabalho, pois do outro lado da rua se encontra com facilidade uma outra opção disponível e menos trabalhosa. Que até sorri e é leve e fácil. Não sou deste tempo onde se acha que se ama, mas assim que algo treme, se dá um passo atrás e se decide ir em busca de algo que não nos desnorteie as ideias. Em sucessão. Buscando, em vão, uma relação perfeita. Ou que, por e simplesmente, não nos mace e dê dores de cabeça. Não dando tempo, sequer, para perceber o que poderia - ou não - resultar. Onde é mais fácil desistir do que persistir. 

 Decididamente, não sou deste tempo fácil e de descarte automático. Onde se sente pouco e em doses controladas. Não sei entrar pela metade de mim, resguardando o resto para, no caso de correr mal, os estilhaços não serem por inteiro. Dou-me sem nunca aprender e não fazendo pagar a quem chega as atitudes de quem se ausentou. Não sei mostrar apenas a superfície de mim. Não sei ser ao de leve. Não sei ser só um bocadinho. Não amo com facilidade mas, quando amo, amo com tudo de mim. Amo, não sem espernear, tudo do outro. No bom e no mau. No fácil e no difícil. 

 Não sou deste tempo.
 E não quero aprender a ser. ''        ( texto da autora Rita Leston )

Concordo tanto com estas palavras... Acredito que, para uma relação durar, tem que se lutar por ela, dar tudo de nós e não desistir à mínima dificuldade. Também eu, só sei amar, dando tudo de mim, mesmo sabendo os riscos, de me partir, de sofrer... Mas não consigo ser (nem poderia ser) diferente, dessa forma, não estaria a amar incondicionalmente e para mim, esta é a única forma de amor que faz sentido... Este amor que te tenho, este amor, que com todas as dificuldades de uma vida, com todas as lutas, resistimos e caminhamos lado a lado. A minha mão na tua, a minha cabeça no teu peito, os nossos abraços apertados e assim vamos seguindo por esta estrada, pode não ser fácil, mas vale a pena. E muito.  

Deixo ainda, estas simples frases, mas tão certeiras, ouvidas numa destas noites :
'' O amor morre quando as pessoas não o estimam, não o mimam, não cuidam... não se dedicam... dão as coisas como adquiridas...
O amor é como uma guerra, no bom sentido; a gente tem que combater por ele todos os dias.
As pessoas muitas vezes, esquecem-se do amor... ''  ( novela Jardins Proibidos )

12 de março de 2015

Palácio da Pena..

Eu adoro Sintra, para mim, esta, é uma das terras mais bonitas de Portugal. Sintra é uma vila que parece ter sido retirada dos livros de príncipes e princesas, em que as suas histórias nos deliciavam em criança. 
Repleta de verde dos jardins e das montanhas que rodeiam a vila; no topo, castelos e palácios adornam a paisagem e fazem-nos viajar no tempo... Sintra, é uma vila encantadora.

Recentemente, falei-vos de um dos palácios de Sintra. O Palácio de Monserrate, com os seus jardins densos e belíssimos. 
Hoje, venho mostrar-vos um pouco, do lindíssimo Palácio da Pena. Neste palácio, se o exterior impressiona, por todo o verde da serra e por toda a beleza da fachada o interior é apaixonante...  Foi com as palavras abaixo, que falei pela primeira vez, do Palácio da Pena, aqui no blogue e não encontro melhor em mim, para vos descrever o que senti :

Amei este palácio... foi dos sítios mais deslumbrantes onde estive... romântico... tão romântico... lá bem no alto ficamos maravilhados com a vista, com o verde... novamente o verde... com a história... um sítio de outros tempos. Um sítio, onde as nuvens passam muito rápido, dando um ar mágico ao local e respira-se a natureza, o ar fresco da serra.

O interior é lindo, cada divisão tem uma cor, cada tecto tem uma cor, tons suaves... rosas, turquesas, azuis... há muitos elementos românticos, arrisco a dizer, que o palácio foi decorado por uma princesa... talvez rainha, mas de certeza apaixonada e romântica. ⦁

O Palácio da Pena, representa uma das principais expressões do Romantismo arquitectónico do século XIX no mundo. 

Recentemente, foi classificado como o melhor castelo da europa, pela European Best Destinations, ficando em primeiro lugar, numa lista de 15 castelos. ( fiquei tão contente e orgulhosa, o nosso país é maravilhoso não é ? ;) Podem saber mais, aqui.

Se forem a Sintra, este é um local de visita obrigatória. 
As fotos abaixo, são uma pequena amostra, do que podem ver neste palácio. 
Fachada do Palácio da Pena, Sintra, Julho de 2013

9 de março de 2015

O que Vale por uma Vida..

Foto de Danielle Nelson
'' Gosto tanto das nossas fotos. em especial das que guardo na memória. porque fizemos muito, dissemos mais, sorrimos tanto, mas há imagens, há momentos, há fracções de segundo, que já valeram por uma vida. e para a vida guardei-as em mim. porque é aí, nesse milésimo de minuto, que se distingue quem se ama - sintonia difícil, mas que diz tudo: quando, apesar de verem a partir de dois olhares diferentes, duas pessoas vivem na mesma fotografia. e, ironia, só se tem a certeza de tudo, quando a imagem que mais procuramos é a mais simples, a menos elaborada, mas, por isso, também a mais verdadeira. por exemplo, apenas o teu corpo, nu, descansado, a espreguiçar-se pela manhã. aquele momento em que te viras para mim, de olho ainda meio aberto, me dizes bom dia, e voltas a adormecer mais uns segundos, no meu peito.. a vida podia parar ali. ''     ( texto do blogue momentos. )

Coisas boas, que mesmo não tendo o teu abraço, tornaram este dia da muher mais doce e fizeram-me sorrir :
Ler estas palavras perfeitas, concordo tanto com este texto... e ouvir-te a ti, meu amor, quando   te perguntei, do que gostas mais na tua mulher, em mim... e respondeste, que gostas, dos olhos grandes, castanhos e brilhantes. Que me amas por eu ser quem sou... meiga, amiga e preocupada. Senti que ganhei o dia... Eu também te amo... e muito.
Deixo ainda, esta música, que adoro. 

1 de março de 2015

Amor, danças comigo ?

Foto de Maud Chalard
Meu amor, sabes que te tenho sempre na memória, não sabes ? Esta recordação de nós, é relativamente recente, mas faz-me sorrir cada vez que me lembro desta noite de Verão.

Estava uma noite bonita de Agosto e nós estávamos no conforto da nossa casa e do nosso quarto, quando me apeteceu dançar contigo. Tu sorriste meio sem jeito e disseste que não sabias dançar, eu disse-te que também não... 

Liguei o rádio, estava a tocar Lana Del Rey e dançámos... Corpo com corpo, abraçados, desajeitados, mas felizes... Porque sempre que estou contigo, sinto-me completa. A música que soava era : We are born to die, e é verdade, nascemos com esta certeza, mas nascemos também para amar e para sermos amados. 

Na realidade, a música não interessava, contigo dançaria até sem música, que interessa a música, se quando estou contigo, tudo se serena, tudo se apazigua... Quero dançar com o teu coração junto ao meu, ouvir as suas batidas e a tua respiração, simplesmente assim... num abraço perfeito...   Amor, danças comigo ?

Para os dançarinos desta vida :
⦁ Lana Del Rey - We are born to die :
'' Come and take a walk on the wild side ; Let me kiss you hard in the pouring rain ; You like your girls insane... ''
⦁ Sting - When we dance :
'' When we dance, angels will run and hide their wings. ''
⦁ The Killers - Human :
'' Are we human or are we dancer ? ''

* Nesta rubrica, memórias de um tempo só nosso, vão poder ler memorias minhas que me marcaram. São memórias de amor, são aqueles instantes fugazes, no entanto tão perfeitos que queremos que permaneçam em nós para sempre. 

Memórias de um amor..

Saudade..

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