30 de novembro de 2015

A vida que corre... as folhas que caiem e os abraços onde me abrigo...

Enquanto bebo o meu Cappuccino, olho pela janela... um manto branco já cobre a vila; as árvores, os telhados e a montanha... A neve dá um encanto especial, tão bonito... Está um frio gélido na rua, mas, aqui estou quente. Soa no ar, a RFM que oiço pela Internet, não perdi o hábito de ouvir a rádio que sempre ouvia em Portugal. A vida por cá, pela Suíça vai correndo... vou aprendendo o alemão, esta língua difícil e curiosa, com parecenças com o Inglês, mas com as suas particularidades que a complicam. E é essencial esta aprendizagem, para encontrar um trabalho aqui.

As saudades de casa, de Portugal, já apertam... dói, quando pela TV (Internet) vejo as imagens de lugares que me são tão familiares, quer seja num noticiário, ou numa passagem de novela... As ruas por aqui, as casas, as lojas, já vão estando enfeitadas, o Natal está a chegar, mas este vai ser um Natal duro... longe dos nossos, longe da nossa verdadeira casa... devido ao trabalho do meu marido, não poderemos ir a Portugal nesta época. Não vos vou dizer que não custa, porque não seria verdade, custa e bastante, é uma época de união, de família... de nos reunirmos com os que mais amamos e isso não vai ser possível. Ainda mais, numa altura, em que a família cresce, fui tia novamente esta semana de um menino, por parte do meu irmão mais novo e vou ser, muito em breve novamente tia, desta vez, por parte do mais velho. Perde-se muito ao estar longe dos nossos, das nossas raízes, do nosso lar, e é sempre uma pergunta constante, nas nossas cabeças, se compensa... Ainda não encontrei uma resposta definitiva para esta pergunta... penso que será temporário e isso vai ajudando a suportar...

A meio de Janeiro regressaremos a Casa, espera-nos abraços, beijos e um conforto, que só sentimos junto dos nossos. Até lá, conforto-me noutro abraço, confortamo-nos um ao outro... naquele tipo de abraço que esquecemos tudo, esquecemos o mundo... eu poderia viver nesse abraço... .

Irei entretanto fotografar, num dos meus passeios ao fim de semana, as paisagens da Suíça com neve, ainda só a fotografei da minha janela. Hoje deixo-vos, com mais fotos Outonais, e como é bonito o Outono, aqui!

Um abracinho para vocês! (Eine Umarmung für dich!)*

 Lembram-se no post anterior, de ter referido, que a montanha levava a uma área de floresta ? É tão bonita!

Um banco com vista para a montanha e para os animais nos campos. Quem quer se sentar ? ;)



E o Outono emoldura a paisagem...

Os campos que me rodeiam. Somos tão pequenos, perante a natureza...

Adoro esta foto, em que só se vê a cabeça do bezerro a espreitar por detrás do monte. ;)

27 de novembro de 2015

O Outono chega à montanha...

Já tinha saudades de regressar a este meu cantinho... Uma avaria do meu computador, fez-me estar afastada... e eu com tantas imagens do Outono para vos mostrar ! Já neva por aqui, um manto branco já cobre as folhas douradas e o verde da montanha... e a vila está encantadora...  As imagens que vos trago hoje e as próximas, são de uma Suíça muito bonita, ainda sem neve, pintada com as tonalidades da estação. Espero que gostem, estas fotos foram tiradas num dos meus passeios pela montanha. 

Veem o segundo poste da imagem ? À direita, existe um caminho, que nos leva aos campos, à montanha e ainda, a uma área de floresta. Do outro lado, fica o rio que atravessa a vila.

Este caminho.

E as montanhas em redor, vestem-se de mil cores...

Não resisti, a este registo mais nostálgico, o topo de uma das montanhas em tons de carvão.

Uma pequena flor para vocês ;) 

20 de novembro de 2015

Mas eles tem armas, eles podem atirar em nós... São mesmo muito maus, papá..

Este vídeo emocionou o mundo. Este vídeo em que o pai tenta acalmar o seu filho, emocionou-nos e eu não fui excepção. No entanto as suas imagens deixaram em mim, uma tristeza imensa...

Cortou-me o coração, ver uma criança tão pequenina, tão amedrontada, tão aflita... Com um pensamento tão sério, tão adulto, a pensar que tinha de mudar de casa, aflito, porque eles, os maus, tem armas e eles não... Aflito, porque eles... são mesmo muito maus, diz ele ao pai... É arrepiante esta realidade, o mundo está em choque, todos têm medo e este medo já chegou aos mais pequenos... Fico triste, muito triste, triste por tudo o que tem acontecido, triste pela infância que estes meninos estão a ter... Ou... que estão a deixar de ter... Eu com a idade deste rapazinho, não sabia o que era uma guerra, nem que existiam maus que matavam tanta gente e muito menos me preocupava, em mudar de casa, porque eles poderiam nos matar... Desta vez, felizmente, a inocência ganhou... Quero acreditar e desejo sinceramente que assim permaneça... e que na sua cabeça, continue a pensar: eles tem armas, mas nós temos flores... e velas... e elas nos protegem...

O mundo está perdido, por vezes pergunto-me, que futuro, que mundo terão estas crianças, as crianças de hoje... numa época, em que vidas são roubadas, como se não tivessem qualquer valor. A humanidade... parece quase, inexistente... E estes meninos, os que morrem numa praia, ou os que nem chegam a ela... que fogem precisamente da guerra, do terror; são vidas perdidas, uns que nem chegam a ter infância, outros em que essa mesma infância deixa de existir, porque crescem rápido demais vendo toda a crueldade que os rodeia. É este o mundo em que vivemos...  Precisamos de muitas flores... e de muitas velas... .

* Publicação relacionada - Condição Humana.

* Obrigada a todos pelos vossos comentários (respondo em breve) e por terem perguntado por mim, volto muito rápidamente, com imagens do Outono.  Küsse für dich (Beijinhos para vocês). ❤
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Memórias de um amor..

Saudade..

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