30 de setembro de 2015

Dança comigo, em silêncio, a música que toca dentro de nós..

Praia de Melides em contraluz, Agosto de 2015


 * Título do Post - Frase de  Raul Minh'alma.

* Autoria da foto - Life, Love and Photograph

21 de setembro de 2015

Com o tempo e com os reencontros, vou preenchendo o álbum da minha vida..

Nas últimas férias de Agosto, regressei a um lugar muito especial da minha infância. Voltei à costa vicentina, à terra dos meus avós, a Melides no concelho de Grândola.

Muitos dos meus Verões foram passados nesta terra, na pequena aldeia, onde o tempo parece abrandar.
Perto da lagoa de Melides e próxima de um mar revolto, mas de uma beleza quase selvagem, fica esta aldeia. Com as suas casas brancas e azuis e com os seus habitantes simpáticos, sempre prontos a ajudar e de uma enorme simplicidade na forma de ser e viver. Assim é Melides.

Os meus avós (maternos) apesar de terem casa em Melides, há sete anos que não vivem lá. O meu avô devido à doença de Alzheimer (doença maldita esta, que nos rouba o que somos, quem somos...) teve de ir para um lar (longe de casa, mas onde pôde ser acompanhado constantemente) e a minha avó, que à data, ainda se encontrava bem, acabou por o acompanhar... Durante estes anos, apenas voltaram à sua casa, alguns dias e fins de semana. Este ano com o apoio da minha mãe e da minha tia, regressaram à sua casa, durante uma semana, no mês de Agosto.  E eu ao saber disto e ao estar em Portugal, não quis perder a oportunidade de os ver na sua casa. Na casa, onde eu também cresci.

Encontrei-os sorridentes, bem dispostos na sua casinha e fiquei tão feliz de os ver ali. Recordei tantos momentos, tantas memórias... O meu avó (oitenta e seis anos) com a medicação certa, recuperou imenso (oitenta por cento, diz-me ele), achei-o muito bem, a recordar-se de tudo, com uma lucidez que eu não esperava, mas que me deixou de coração cheio. A minha avó (setenta e sete anos) deu-me uma abraço enorme, quando me viu... daqueles abraços... onde cabe o mundo... naquele abraço, recordei as manhãs que passei com ela, na praia de Melides ou em São Torpes... naquele abraço passaram pela minha memória fragmentos, da minha, da nossa vida... No entanto achei a minha avó mais debilitada, mais esquecida, muito mais em baixo que o meu avô, apesar de não lhe ter sido diagnosticada qualquer doença neuro-degenerativa.

Foi um fim de semana doce, onde passeei pela vila, voltei à bonita praia de Melides e à sua lagoa. Ri-me imenso com as anedotas do meu avó, com as suas histórias e lembranças perfeitas, que demonstram o quanto recuperou. E já de partida de novo para o lar, não pude deixar de sentir uma tristeza imensa ao vê-los deixar novamente a sua casa... Encontrei o meu avô sentado no sofá da sala, sereno a ouvir música e notei que estava com arranhões, nos braços, na testa. E a sorrir, disse-lhe que estava cheio de mazelas... e ele a rir diz-me que no lar, iriam achar que veio da guerra, mas que tinha adorado voltar a casa, estar de volta da sua horta e das árvores (onde se arranhou) e que assim ainda ia chegar aos noventa anos... Sorri para ele, disse-lhe, claro que ia, e que os queria ver ali novamente... Ele sorriu... sorrimos os dois...

Fonte dos olhos, Melides. 

13 de setembro de 2015

Uma Foto, uma História... por Gabriel Soeiro Mendes.

Hoje trago-vos na rubrica Fotografia pelo Mundo, o fotógrafo Gabriel Soeiro Mendes.

Agradeço ao Gabriel por ter aceite o meu convite, em mostrar neste espaço, uma pequena parte do seu belíssimo trabalho e por toda a sua disponibilidade.

Conheci o trabalho do Gabriel através do site Olhares e fiquei totalmente rendida... As suas fotografias levam-nos para outros lugares, para outras culturas e gentes. Viajamos através da sua objectiva. Desde o sorriso de uma criança no Peru às paisagens gélidas da Islândia, passando ainda pela Índia, Amazónia entre muitos outros países, cada imagem sua; encanta, cativa, faz-nos viajar para aquele lugar no mundo. Cada imagem, conta uma história... E é o que eu vos trago hoje: Uma foto, uma história, por Gabriel Soeiro Mendes.

* A Biografia que se segue, assim como pequenas passagens dos locais por onde viajou, foram escritas pelo autor, a intenção é transmitir-vos os pensamentos e as emoções sentidas em cada viagem. Espero se encantem tanto, como eu me encantei... pelas imagens... pelas histórias. De salientar, que tive uma dificuldade imensa na escolha das fotos. Dificuldade, por não poder publicar todas ! :)

Gabriel Soeiro Mendes nasceu tomarense, rendeu-se depois aos encantos portuenses e agora sente-se em casa em Lisboa. Licenciado em jornalismo, apaixonou-se pela fotografia no final da década passada, quando viajou pela Europa à boleia do programa Erasmus e de dezenas de comboios num interrail. Tirou dois cursos de fotografia, um no Instituto Português de Fotografia e outro na Academia Olhares e depois disso nunca mais parou.

Fotografou para brochuras e sites turísticos e publicou em diversas publicações. Actualmente fotografa para a InfoPortugal, Boa Cama Boa Mesa (Expresso) e Caras, entre outros trabalhos freelancer.

A fotografia de viagem sempre acompanhou o seu percurso. Viajou pelos países do Sudoeste Asiático, pela Índia, pelo Peru, entre outros. Em 2013, sentiu a necessidade de transmitir o que vivia em viagem e criou o blog Uma Foto, Uma História (www.gabrielsoeiromendes.com), com o qual ganhou o prémio da BTL “Melhor Blogue de Fotografia de Viagens" em 2014 e em 2015, para além de duas nomeações para o prémio de "Melhor Blogue de Viagens - Escolha do Público". Colabora também com o site Próxima Viagem e é líder de viagens no FotoAdrenalina.

Vamos viajar com o Gabriel ?

Amazónia:
 ''A melhor sensação numa viagem é quando ela perde o sentido de viajar como “visitar”, “passar” ou “ver”, e adquire o sentido de “viver”. Uma viagem não é evitar a todo custo a rotina, não é ver todos os dias um sítio novo, é sim criar rotinas em sítios novos. Foi assim naquele microcosmos amazónico durante cinco dias.''

 Felicidade

Belém, Amazónia

Meninos

 (adoro este sorriso...)

Peru:
 ''As crianças aos três anos são livres para andar por toda a ilha, fazer as macacadas que quiserem, andar descalços, brincar. Para um “ocidental” chega a ser angustiante ver o perigo que (pensamos nós) as crianças correm, invariavelmente seguido de uma reflexão sobre o que é realmente a liberdade. Aos cinco anos lavam a roupa, aos oito começam a tecer e aos 16 a casar.''

 Menina, Peru

 Sorrisos

 (adoro o ar de malandro)

Descanso nos Andes, Peru

 A luz de Machu Picchu, Peru

 Parque natural de Paracas, Peru

8 de setembro de 2015

Trago este mar no meu coração...

Trago este mar no meu coração, trago todo este azul onde o meu olhar se perdeu...

Trago o dourado do sol na pele e na alma, o cheiro a maresia e a frescura dos mergulhos no oceano...

Trago destas férias momentos doces, abraços que me confortaram, reencontros com quem tanto amo e notícias maravilhosas, coisas boas que ai vêm.

Deixo tanto para trás, mas trago em mim, muito de onde sou verdadeiramente feliz.

E aqui, à distância deste país onde já é Outono, quase Inverno, chego a conclusão, que trago o mais importante... trago amor. E esse... esse está sempre comigo. 

 Céus da Figueirinha

Serra da Arrábida ao anoitecer

 Serra da Arrábida, de onde se avista este azul...

Vista sobre as praias de Gálapos, Galapinhos e Figueirinha.

Águas turquesas, límpidas...Vista sobre a praia da Figueirinha.

Praia da Figueirinha

Banco de areia da Figueirinha

Arrábida, Agosto de 2015

* Autoria das fotos - Life, Love and Photograph

Memórias de um amor..

Saudade..

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