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16 de maio de 2016

Aonde pertencemos..

Gosto da cidade. Gosto da agitação, gosto de me perder em ruas e vielas e de me encantar com cada canto... de olhar maravilhada cada fachada antiga, cheia de história, cheia de vida. É isso, a cidade transpira vida. Sou sempre uma turista na cidade. Com a câmara sempre pronta a registar cada momento, com um sorriso no rosto e com uma alegria quase infantil... e saio sempre de lá, de alma cheia. E o que eu gosto de cidades com alma... antigas e históricas, como Lisboa... Adoro as ruas em que o fado soa, fico encantada, de alma leve... e eu, que em miúda, dizia que não gostava de fado... mudamos tanto... e ainda bem... Adoro a movimentação, as ruas e cafés, cheios de gente, o comércio tradicional, as mercearias e cafés centenários, e a calçada tão bonita! Como falar de Lisboa ou de tantas outras cidades portuguesas, sem falar na nossa calçada ? Gosto dos monumentos antigos e estátuas, e também das estátuas vivas, de quem anima as nossas cidades, seja em homens (e mulheres) estátuas, seja com tantos outros talentos e façanhas, que nos fazem olhar, por vezes parar e muitas vezes, ficar a contemplar e a sorrir... uma pessoa e depois outra e mais outra, e quando damos por isso, um mar de gente, se juntou ali, e por momentos, esquecem o mundo, vivem aquele instante. Sim, eu gosto da cidade. Gosto que o meu olhar se perca no rio, no cais das colunas... Gosto da cidade menina. E também eu, sou menina... da cidade.

Cais das colunas (Terreiro do Paço), Lisboa, Abril de 2012

Gosto do mar. Como é possível não gostar ? Aliás, causa-me estranheza, viver agora, num país que não tem mar... logo eu, que gosto tanto de o ter ali, bem por perto, à distância de uma curta viagem... No mar encontro a minha paz... Talvez essa paz, esteja nas águas que brilham sob a luz do sol, talvez esteja nos grãos de areia que agarro num punhado e que escorrem rapidamente das minhas mãos, numa metáfora perfeita, de como o tempo nos foge por entre os dedos... Talvez esteja no som do bater das ondas ou nas gaivotas que tornam o mar, ainda mais encantador. Ou será o cheiro a maresia ? São todos estes pequenos detalhes que o tornam tão grandioso, e se é grandioso, imenso, o oceano... Poucas coisas nesta vida, me sabem tão bem, como um mergulho no mar, aquele instante, aquele momento de embate, em que o nosso corpo bate nas águas e sentimos aquela frescura que nos faz sentir vivos, só nós e o oceano, quase, como se entrássemos noutro mundo... E se sou feliz neste mundo... com sal na pele, com o corpo aquecido pelo sol e com uma leveza que só as coisas muito boas, nos trazem. Mas o oceano, não encanta apenas no Verão. No Inverno deslumbra-me... imponente, é dele próprio, das gaivotas e dos pescadores, dos homens que são do mar. Gosto de os observar, nos seus barcos ou com as suas canas de pesca, ali, só eles, e o oceano... e se são lindas as vilas piscatórias... Sim, sou do mar. O meu olhar perde-se no oceano, e ali, fecho os olhos, e fico quieta, a ouvir, a sentir toda aquela imensidão... e sinto-me pequena, menina... do mar.










Maravilhoso... Cabo da Roca (Colares), Sintra, Agosto de 2015

Gosto do campo. O campo, faz parte de quem eu sou, das minhas raízes, da minha infância, foi no campo que eu cresci... A minha casa era sombreada por um pinheiro e rodeada de muito terreno à volta, e fui tão feliz ali... No baloiço do pinheiro, fechava os olhos, sentia o cheiro a resina e baloiçava, voava por instantes... sentia uma liberdade... inigualável... Tomava banho no tanque de rega com os meus irmãos, apanhávamos fruta e comíamos directamente da árvore... deveria ser lavada, claro, mas para nós, era assim que nos sabia bem, era assim que éramos felizes... numa época em que se fala tanto em biológico, ali era tudo assim, tudo natural. Deitava-me no meio das flores e ali ficava, a sentir os cheiros adocicados, a brincar com joaninhas, a mordiscar azedas (umas pequenas flores amarelinhas), a ouvir os grilos ao final da tarde. Perseguia borboletas e sonhava, sonhava.. de pés bem assentes na terra, e com a mente e o coração, bem lá no alto, nas nuvens... numa antítese da vida, que eu na altura, era muito pequena para compreender. Era no campo, debaixo do pinheiro, que o meu pai nos fazia, um torricado maravilhoso... fatias de pão caseiro, douradas numa fogueira e barradas, ou pinceladas (aqui a memória foge-me e não me consigo recordar com exactidão, como fazia), com azeite e alho... Tão bom! Assim como os seus grelhados, o peixe e as saladas com pimento assado... Um pouco mais acima de onde morava, ficavam os eucaliptos... Ali, naquele terreno, existiam cogumelos, e mais uma vez, eu gostava de me deitar ali, de olhar para cima, para o topo daqueles gigantes, e de olhar a luz do sol, filtrada pelas folhas... Coisas tão simples e tão boas... Quando é que perdemos a capacidade, de nos sentirmos felizes, com as pequenas coisas ?... Fui a menina, que se sentava nos degraus da casa, com um caderninho, e a olhar o Mouchão de Alhandra, o rio ao fundo, escrevia versos... apaixonada. pela natureza... pelo cheiro da terra, quer fosse, depois de uma chuvada, ou no pico do Verão, pelo meu cão que abraçava, por pequenos nadas, que eram tanto... pela vida... Apaixonada, pela vida.

Sim, sou menina, da cidade, do mar, mas sou acima de tudo, do campo. É no campo, que eu volto a ser, a menina, que um dia fui.

Lezíria Ribatejana, Junho de 2013 

* O texto, sobre onde cresci, está totalmente no passado, porque aquele lugar, já não existe mais, não daquela forma... talvez um dia, fale sobre isso. Mas no meu coração e até mesmo no meio dos campos, consigo voltar, em parte, àquele lugar.

E tu, que me lês ;)  A que lugar pertences ?

Já me podes seguir no Instagram, aqui.

*Autoria das fotos - Life, Love and Photograph

21 de setembro de 2015

Com o tempo e com os reencontros, vou preenchendo o álbum da minha vida..

Nas últimas férias de Agosto, regressei a um lugar muito especial da minha infância. Voltei à costa vicentina, à terra dos meus avós, a Melides no concelho de Grândola.

Muitos dos meus Verões foram passados nesta terra, na pequena aldeia, onde o tempo parece abrandar.
Perto da lagoa de Melides e próxima de um mar revolto, mas de uma beleza quase selvagem, fica esta aldeia. Com as suas casas brancas e azuis e com os seus habitantes simpáticos, sempre prontos a ajudar e de uma enorme simplicidade na forma de ser e viver. Assim é Melides.

Os meus avós (maternos) apesar de terem casa em Melides, há sete anos que não vivem lá. O meu avô devido à doença de Alzheimer (doença maldita esta, que nos rouba o que somos, quem somos...) teve de ir para um lar (longe de casa, mas onde pôde ser acompanhado constantemente) e a minha avó, que à data, ainda se encontrava bem, acabou por o acompanhar... Durante estes anos, apenas voltaram à sua casa, alguns dias e fins de semana. Este ano com o apoio da minha mãe e da minha tia, regressaram à sua casa, durante uma semana, no mês de Agosto.  E eu ao saber disto e ao estar em Portugal, não quis perder a oportunidade de os ver na sua casa. Na casa, onde eu também cresci.

Encontrei-os sorridentes, bem dispostos na sua casinha e fiquei tão feliz de os ver ali. Recordei tantos momentos, tantas memórias... O meu avó (oitenta e seis anos) com a medicação certa, recuperou imenso (oitenta por cento, diz-me ele), achei-o muito bem, a recordar-se de tudo, com uma lucidez que eu não esperava, mas que me deixou de coração cheio. A minha avó (setenta e sete anos) deu-me uma abraço enorme, quando me viu... daqueles abraços... onde cabe o mundo... naquele abraço, recordei as manhãs que passei com ela, na praia de Melides ou em São Torpes... naquele abraço passaram pela minha memória fragmentos, da minha, da nossa vida... No entanto achei a minha avó mais debilitada, mais esquecida, muito mais em baixo que o meu avô, apesar de não lhe ter sido diagnosticada qualquer doença neuro-degenerativa.

Foi um fim de semana doce, onde passeei pela vila, voltei à bonita praia de Melides e à sua lagoa. Ri-me imenso com as anedotas do meu avó, com as suas histórias e lembranças perfeitas, que demonstram o quanto recuperou. E já de partida de novo para o lar, não pude deixar de sentir uma tristeza imensa ao vê-los deixar novamente a sua casa... Encontrei o meu avô sentado no sofá da sala, sereno a ouvir música e notei que estava com arranhões, nos braços, na testa. E a sorrir, disse-lhe que estava cheio de mazelas... e ele a rir diz-me que no lar, iriam achar que veio da guerra, mas que tinha adorado voltar a casa, estar de volta da sua horta e das árvores (onde se arranhou) e que assim ainda ia chegar aos noventa anos... Sorri para ele, disse-lhe, claro que ia, e que os queria ver ali novamente... Ele sorriu... sorrimos os dois...

Fonte dos olhos, Melides. 

23 de julho de 2015

E o Amor acontece..





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Hoje a memória leva-me para longe... para um tempo muito distante... parece que foi quase noutra vida... É uma memória que me faz sorrir... Uma memória doce... Doce como este amor que te tenho...

Andámos na escola primária juntos... Tu, foste o menino reguila, traquinas. Eu, a menina sonhadora e alegre. Brincámos os dois desde muito pequenos e fomos crescendo juntos... e o amor a determinada altura, surgiu...

Fomos adolescentes rebeldes, apaixonados, loucos um pelo outro... (bom, na realidade, é assim até hoje, quase vinte anos depois...) E na nossa adolescência, não havia regras, ou impedimentos que conseguissem nos separar...

Recordo-me das noites em que batias à janela do meu quarto... Com cuidado, para que os meus pais não ouvissem na divisão ao lado... e de mansinho, entravas em casa... e ali ficávamos horas a namorar, um amor inocente... puro e bonito de quem se gosta muito... O começo deste amor imenso que temos hoje... 

Já rimos muitas vezes ao recordarmos estas noites... do cuidado em não fazer barulho, de forma a que o meu pai, que não perdia um episódio da novela Terra Nostra, que passava na altura, não nos ouvisse... ;)

Uma memória... muitas memórias... de um tempo... que foi só nosso.

⦁ Uma das músicas que tocavam na rádio neste tempo e que ainda hoje adoro - Def Leppard - Love Bites.


 * Nesta rubrica, memórias de um tempo só nosso, vão poder ler memorias minhas que me marcaram. São memórias de amor, são aqueles instantes fugazes, no entanto tão perfeitos que queremos que permaneçam em nós para sempre. Será uma viagem à inocência e ao início de um amor.

* Foto de autor desconhecido.

1 de março de 2015

Amor, danças comigo ?

Foto de Maud Chalard
Meu amor, sabes que te tenho sempre na memória, não sabes ? Esta recordação de nós, é relativamente recente, mas faz-me sorrir cada vez que me lembro desta noite de Verão.

Estava uma noite bonita de Agosto e nós estávamos no conforto da nossa casa e do nosso quarto, quando me apeteceu dançar contigo. Tu sorriste meio sem jeito e disseste que não sabias dançar, eu disse-te que também não... 

Liguei o rádio, estava a tocar Lana Del Rey e dançámos... Corpo com corpo, abraçados, desajeitados, mas felizes... Porque sempre que estou contigo, sinto-me completa. A música que soava era : We are born to die, e é verdade, nascemos com esta certeza, mas nascemos também para amar e para sermos amados. 

Na realidade, a música não interessava, contigo dançaria até sem música, que interessa a música, se quando estou contigo, tudo se serena, tudo se apazigua... Quero dançar com o teu coração junto ao meu, ouvir as suas batidas e a tua respiração, simplesmente assim... num abraço perfeito...   Amor, danças comigo ?

Para os dançarinos desta vida :
⦁ Lana Del Rey - We are born to die :
'' Come and take a walk on the wild side ; Let me kiss you hard in the pouring rain ; You like your girls insane... ''
⦁ Sting - When we dance :
'' When we dance, angels will run and hide their wings. ''
⦁ The Killers - Human :
'' Are we human or are we dancer ? ''

* Nesta rubrica, memórias de um tempo só nosso, vão poder ler memorias minhas que me marcaram. São memórias de amor, são aqueles instantes fugazes, no entanto tão perfeitos que queremos que permaneçam em nós para sempre. 

30 de novembro de 2014

As Luzes na Noite..

Foto de Wade Langley


Nesta rubrica, memórias de um tempo só nosso, vão poder ler memorias minhas que me marcaram. São memórias de amor, são aqueles instantes fugazes, no entanto tão perfeitos que queremos que permaneçam em nós para sempre.
Será uma viagem à inocência e ao início de um amor. 


Hoje a memória leva-me a uma noite bonita, num tempo já distante.
Leva-me a uma noite de verão, em que fomos na velha carrinha, conduzida pelo meu irmão, éramos muito novos na altura para ter carta. E fomos para a zona alta da cidade, para a montanha, ansiosos por ver o fogo de artifício, que marcava a inauguração de um novo shopping lá em baixo na cidade.

Lembro-me de estar ali contigo amor, a olhar as luzes e as formas no céu. Encostada a ti, sentados no chão, ali ficámos deslumbrados a olhar para um céu de mil cores. Lembro-me sobretudo de que não precisávamos (e nem precisamos) de muito para nos sentirmos felizes. Já nessa altura era apaixonada por ti, um amor de adolescente, tão puro, tão bonito. 

Esta recordação, leva-me ainda a uma das nossas conversas (que ainda hoje nos faz sorrir), quando me contaste que em menino levavas pirilampos para casa e os deixavas na mesa de cabeceira para te iluminarem durante a noite. ;) 

Mas sabes amor, as noites continuam cheias de pirilampos e de luzes, mesmo que não sejam os bicharocos luminosos, nem os fogos de artifício. Estamos sempre iluminados pela lua, pelas estrelas, por uma vela que arde... e pelo nosso amor.

⦁ Uma das músicas que tocavam na rádio neste tempo e que ainda hoje adoro - Guns N' Roses - November Rain

8 de novembro de 2014

Uma Tarde de Verão..

Foto de Ben Swinnerton
Hoje início uma nova rubrica : Memórias de um tempo só nosso. 

Nesta rubrica, vão poder ler memorias minhas que me marcaram. São memórias de amor, são aqueles instantes fugazes, no entanto tão perfeitos que queremos que permaneçam em nós para sempre. 
Será uma viagem à inocência e ao início de um amor. 


A memória foge-me, leva-me para bem longe... Leva-me para uma tarde de verão, em que dois adolescentes apaixonados só queriam estar juntos. Ele atrevido, alegre, rebelde. Ela tímida, sonhadora, mas já nesse tempo distante sabia perfeitamente a quem pertencia o seu coração.
A memória leva-me a essa tarde perfeita, em que estendemos uma manta no terreno da vizinha e passámos a tarde a namorar à sombra das árvores de frutos, resguardados do mundo, no nosso próprio mundo, onde só existia, eu, tu e uma paixão imensa. Um amor que dura até hoje. Tens uma manta contigo amor ? Vamos  para a sombra daquela laranjeira ? 

⦁ Uma das músicas que tocavam na rádio neste tempo e que ainda hoje oiço - Aerosmith - I dont want to miss a thing

29 de outubro de 2014

Our Love..

Foto de parkeryoung.net























O teu cheiro ainda está pela casa... na t-shirt que vestiste, na tua almofada.. e na minha memória onde está tão forte... tão presente. Tudo me leva a ti, determinada​ música, objecto ou local. Fazes-me uma falta imensa... Recordo-me do abraço forte que me deste, quando chorei agarrada a ti, somos a âncora um do outro.. é o que sinto quando desabo e tu me confortas. Quando estás triste e eu te tento animar.. com beijos, com carinhos, com ternura.. Com a ternura de quem se ama imenso, com a ternura de quem cuida um do outro e deste amor, tão forte, tão intenso e que nos traz paz e tranquilidade; quando por vezes a nossa vida é uma tempestade...

O tempo passa e os nossos corações se inquietam. Não quero pedaços de vida a dois, quero o teu abraço sempre que o meu coração sentir a falta do teu. Quero-te ao meu lado, quero olhar para ti, enquanto dormes, quero muito o sentir que estás aqui, ouvir-te respirar baixinho, dar-te festas no cabelo e se te acordar, como já aconteceu, que me puxes para ti, que me aninhes em ti, quero ouvir o que me dizes baixinho, quase num sussurro... que me amas e eu esqueço tudo, nada mais me importa e refugio-me em ti.

Não sabemos o que será o amanhã, não sabemos quanto tempo mais vamos estar separados. A vida altera-nos os planos, os doces .. a dois; vivermos no nosso país, na nossa casa, termos os nossos filhos cá, termos o coração cheio de paz e de serenidade, uma paz que a estabilidade e as rotinas preciosas nos trazem. Onde não existe uma contagem ansiosa dos dias, de quando estás a chegar, nem a amarga e cruel de quantos dias mais tenho-te nos meus abraços até voltares a partir... Já passou um ano, aliás já passou mais de um ano, em que tu vives aí nesse país frio e eu aqui neste cantinho soalheiro que é o meu, o teu país... Não sabemos quando vou ter contigo, quando vai existir essa possibilidade, mas preferia o inverso, que voltasses para casa... Independentemente do que acontecer, acredito que este nosso amor vai-nos levar sempre a bom porto, que nos irá direccionar no caminho certo e esse caminho quer percorrê-lo ao teu lado.

Estou na varanda a escrever, a mesma varanda onde há dias, num Outono que quis ser Verão, bebíamos café numa noite quente, ouvíamos músicas, riamos e conversávamos, conversas tolas, sobre tudo, sobre nada... mas estávamos felizes. Estávamos juntos. Quero que voltes depressa amor, quero os teus beijos, a tua força e apoio que me ajudam a levantar, quando por vezes, a força me falta e a vida me derruba... Terás-me sempre à tua espera, ansiosa, desejosa de te voltar a abraçar, tens-me... temo-nos um ao outro e isso basta-nos. Basta-nos este amor, que é tão bom... tão nosso 

'' Home is where the heart is. '' - Frase de autor desconhecido. 
Esta música linda - Ed Sheeran - Thinking Out Loud

* Mais sobre este amor, aqui.

9 de outubro de 2014

Já aí vens Amor ?

Foto de Rob Woodcox
Falta uma semana para o teu abraço forte... Falta uma semana para me perder e encontrar em ti. 
As saudades consomem. Fazes-me falta na noite que cai ... fazes-me falta quando a vida me derruba , me entristece e eu só quero esquecer tudo e me aninhar em ti... fazes-me falta nos momentos bons, doces, em que partilhamos histórias, conversas, risos, cumplicidades a dois. Fazes-me falta nos dias de chuva em que me aconchegava em ti e tu em mim e ali ficávamos... Fazes-me falta amor, uma falta imensa.  Quero muito o teu abraço... 
Já aí vens amor ?  
Mais sobre esta Saudade, aqui.

28 de setembro de 2014

Somos Instantes..

Foto de Elena Shumilova




















Sempre gostei de voltar aonde fui feliz ... fisicamente, voltando a determinado lugar ou abrindo as gavetas da memória e viajando para esse espaço no tempo que me marcou pelos bons momentos vividos ou por algo que quero que permaneça em mim, que o tempo não apague.

Não falo de momentos menos bons, esses também fazem parte da vida e aprendemos com eles. Afinal é o que vivemos de bom e de menos bom, que nos torna e nos molda, ao que somos hoje.

Falo sim, de quando num dia mau, te recordas e te refugias, no ultimo abraço que deste ao amor da tua vida, ou quando não consegues adormecer e revês mentalmente os traços do seu rosto, aquele dia em que passeaste com ele, os beijos e o seu cheiro, sim, o cheiro retido na memória e que não esqueces..

Falo de quando vês uma criança na rua que te sorri e dás por ti instantaneamente a devolver o gesto e és levada para esse tempo já longe, onde corrias sem parar, onde para ti o mundo era um local a descobrir, cheio de coisas bonitas.. recordas-te do sol na face, de passar tardes a apanhar flores, dos cheiros do campo e sentes a mesma magia de outrora, a magia do mundo visto pelos olhos de uma criança, um mundo cheio de brincadeira, cheio de sonhos.

Falo de instantes, a vida é feita de instantes, de momentos, o que vivemos hoje será a memória do amanhã. Sei perfeitamente, como se algo me despertasse a alma, quando vivo algo de muito precioso, esse instante perfeito e tantas vezes tão fugaz. E quando acontece só o quero guardar em mim, na memória para nunca mais o perder e poder voltar a ele sempre que as forças me faltem. Para não o perder se tal fosse possível selava-o, lacrava-o,  fechava esse instante perfeito a sete chaves. Mas não é possível e assim ao longo da vida, vamos guardando em nós memórias, pessoas, lugares onde fomos, onde somos felizes.

Nós somos a soma imperfeita, nunca seremos perfeitos, do que vivemos, da criança que fomos, do carinho que nos dão, da educação, das brincadeiras, dos sorrisos, da alegria, da tristeza, do amor. Tudo isto leva-nos ao que somos hoje e continuamos a somar, experiências, recordações, é a vida que corre e que nos leva ao que seremos amanhã.

E se tudo isto se apagasse ? 
Se tudo o que vivemos, quem conhecemos, quem somos fosse sendo apagado ?
É arrepiante saber que pode acontecer, que existem doenças progressivas e degenerativas que mesmo deixando-nos vivos, podem levar toda a vida que há em nós, o que somos e o que vivemos irreversivelmente.. 

Tenho medo, não vou dizer que não.. Não sei o que o futuro nos reserva, ninguém sabe.. 
Mas sei o que não quero esquecer nunca e que tento guardar para sempre em mim ; 
A menina que fui, a jovem que se apaixonou por ti amor, até hoje.. Não me quero esquecer dos teus beijos, nem do teu toque em mim, nem dos teus abraços fortes que me abrigam.. Não quero esquecer que num Agosto, que quis ser ameno, me casei contigo, que estavas nervoso e eu trémula mas os dois felizes... Não quero esquecer o teu sorriso, nem o teu rosto.. Não quero esquecer quem sou e nem de quem tu és. 

A vida é feita de instantes e das suas memórias, vamos vivendo e recordando e espero que sempre assim o seja 

" O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis ". - Fernando Pessoa

31 de agosto de 2014

Este Agosto..

Foto do blog de Amanda Shadforth


Escrevo no último dia deste Agosto, este Agosto que foi um dos meses mais intensos que vivi.

Estou na varanda, na pequena mesa de madeira e a tua cadeira está vazia.. São sete horas, mas o sol ainda me aquece a pele, sinto a tua falta, tu que tornaste este Agosto bonito como foi.

Este ameno Agosto começou para nós com um dia muito bonito, casámos no dia 1, um dia muito feliz para os dois, lembro-me de sorrir muito, de me sentir nervosa, mas muito feliz. Seguimos para bem pertinho do mar, passámos os cinco dias seguintes a namorar muito num bungallow em plena serra do parque natural da Arrábida, lembro-me dos dias sem pressa ao teu lado, em que me dizias que no dia a seguir íamos cedo para a praia, mas depois de manhã, eras tu, que me abraçavas, aninhavas-te a mim e dizias, já vamos, fica aqui mais um bocadinho, e assim ficávamos, na preguiça boa, no doce aconchego deste amor..

Adormecíamos tarde, acordávamos e íamos para a praia, lembro-me tão bem destes dias azuis, calmos, onde mergulhámos os dois naquele mar calmo como um rio, lembro-me de estar deitada ao teu lado na areia e pensar que queria que o tempo parasse.. Lembro-me dos beijos, dos abraços, dos carinhos, dos fins de tarde bons, das músicas que nos acompanharam.

Lembro-me acima de tudo das tuas brincadeiras, do teu sorriso e do teu olhar feliz..

Regressámos a casa e lembro-me, como num antecipar do que estava para vir, de apesar de ainda estarmos de férias e de ainda termos mais de uma semana para nós, da primeira sensação e aperto de que as férias tinham acabado, que em breve ias partir.. Não sei se o senti pelo fim dos dias na Arrábida, pela chegada a casa.. Mas senti alguma tristeza, mas a tua companhia, rapidamente me ajudou a superar e a voltar de corpo e alma a estes dias de paz.

Passeámos muito, fomos a muitos outros lugares, ao Jardim Zoológico, ao Jardim do Éden e voltámos ao mar, sentíamos saudades dos dias de sal na pele... 

Com o fim das férias e a tua partida a aproximar-se, a tristeza começou a atingir-nos, tentámos evitá-la, nem sempre o conseguimos.. 

Ficou ainda na minha memória, as noites em que dançámos no quarto e na cozinha, lembro-me que estava a tocar na rádio Lana del Rey, mas não interessava a música, nem o local, dançaria contigo até sem música, apetecia-nos dançar e assim o fizemos, dancei e chorei agarrada a ti..

Foi um mês bom, muito bom, como a doçura do Fizz de limão que ias buscar porque sabes que eu adoro, mas também foi um mês duro, um mês em que voltei a sentir que me arrancaram metade de mim, em que partiste e voltámos a ficar sós, eu aqui neste país soalheiro, tu, numa Suíça onde já chove..

Se neste amor é tudo perfeito ? Não, claro que não.. Existem sim duas pessoas lutando para que ele dê certo, para que ele chegue a bom Porto.. Nem sempre concordamos, nesta busca por um futuro por uma vida melhor, tu amor, quiseste partir, eu queria ficar, neste Portugal que amo e que sei que também o amas, apesar de não o dizeres, os teus gestos, a maneira, o prazer com que absorves, cada momento bom, cada coisa nossa, desta terra, demonstra o quanto gostas de aqui estar mesmo sem o pronunciares..

Amo-te profundamente e mesmo sem a certeza de que partir é o nosso caminho, vou contigo, mas a minha casa será sempre aqui, nesta terra onde ambos nascemos, nesta terra que também é tua.. Como nos disseram no momento do nosso casamento, será uma caminhada, onde cada um luta para fazer feliz o outro, e que a vida, este nosso caminho, será sempre melhor, vivido e partilhado com quem amamos.. E como sabes o meu coração é teu..

Neste Agosto, ri muito, dancei apaixonadamente, chorei bastante, chorámos os dois, senti-me alegre, senti uma tristeza sem fim, uma angústia que me fez chorar várias noites, quando já não estavas aqui..

Foi um mês repleto de emoções e ontem voltei ao mar, já sem ti, a uma outra praia.. encontrei uma mar revolto e ao deitar-me na areia, não conseguia parar de pensar em ti, que na última vez que tinha vindo á praia, estava contigo... e no velhinho ipod começa a tocar Lana del Rey e eu desabei ali, porque na minha mente estava a dança ao som daquela música que dancei contigo.. 

Este Agosto.. foi duro, mas foi também maravilhoso, um Agosto em que afirmámos ao Mundo o que ambos já sabemos, que nos amamos.. Este Agosto que foi tão nosso.. não o vou esquecer.. 




21 de agosto de 2014

Vidas Entrelaçadas..

A foto que me tiraste ...


Tenho o coração cheio de uma saudade imensa e a memória repleta de momentos perfeitos..

Como descrever a felicidade ? Como contar o que vivemos nestas semanas ? Os minutos, as horas, os dias preciosos ao teu lado.. Como contar este amor que me acorda a alma e me pacifica o coração, em palavras.. ? 

Foram dias de sorrisos, de muito amor.. E estás em tudo o que me rodeia, tudo me lembra de ti, desse teu sorriso aberto, desse espírito meio louco e brincalhão que me apaixona.. Passeámos muito, percorreste as ruas de Lisboa comigo, andámos por jardins perfeitos, voltámos ainda ao campo e à serenidade do mar.

Adormeceste ao meu lado, mimei-te com muitos carinhos.. sentir-te em casa é tão bom, não há lugar como a nossa casa, e é precioso ter-te comigo, tu, que és a minha casa, o meu abrigo..

Vivemos um dia, muito feliz para ambos, casámos, é verdade ... casámos.. Ainda não me habituei à ideia.. Mas não foi mais do que escrever no papel o que já está gravado em nós, no nosso coração, em cada recanto da nossa alma.. 

Foi uma cerimonia muito intima, onde estávamos muito nervosos, mas muito felizes. Partimos de seguida para a Serra da Arrábida e num lugar muito especial, muito perto do mar, namorámos muito, comemorámos este momento em que duas vidas se entrelaçam, mas que no fundo ambos sabemos que assim já  o estão há muito.. 
A felicidade é uma coisa estranha, meio louca, tão boa, nestes dias, tudo me pareceu belo , não havia dias mais enublados ou frios que nos entristecessem, estávamos juntos.. Agora ao acordar e na tristeza de não te ter aqui, mesmo com este sol agora mais quente, tudo me parece feio.. sem cor, sem a tua alegria.. 

Nestes dias na Arrábida, passeámos, mergulhamos no mar límpido da Praia de Galapos, brincámos muito, rimos muito.. ainda tenho na memória, tão forte, o sabor a sal nos teus lábios, os sons do mar, o cheiro a protector solar e o calor na pele... 

Dou por mim, vezes sem conta a rever mentalmente, as horas, os dias, os momentos que passámos juntos e dói tanto a tua ausência .. 

Nestas férias, neste tempo que foi nosso e que passou tão rápido como um punhado de areia, que nos escorre por entre os dedos.. fomos muito felizes e são esses momentos que quero guardar na memória.. 

Para mim, o amor está nas coisas mais simples e que nos são tão deliciosas.. 

Está no dormir no teu peito ou na tua mão que procura a minha e assim adormeces, está no teu olhar quando dizes que me amas, está nas noites em que dançámos juntos, está nas conversas cúmplices e nos silêncios que tanto dizem, está nas noites calmas em que bebemos um café na nossa varanda a olhar as estrelas, está nos inúmeros abraços e beijos que nos enchem de conforto, de mimo de amor.. está ainda no teu olhar triste na despedida, em que nas tuas palavras, dizes-me que estás bem, mas os teus olhos verdes denunciam a tristeza..

O amor, está em todos estes momentos e em muitos outros que nos marcaram..  
Mas este não é um relato triste do que vivemos, pelo contrário, é a afirmação de que independentemente de para onde a vida nos leva, somos cada vez mais uma soma perfeita, em que dois corpos são iguais a uma só alma..  
É a certeza de que o meu Mundo é muito mais bonito, quando é vivido ao teu lado. 

Mais sobre este amor aqui.

17 de agosto de 2014

A tua Partida..

Portinho da Arrábida, Agosto de 2014


Sinto-me dormente, entorpecida, partiste hoje de madrugada e eu estou tão triste.. 
Estas semanas contigo passaram rápido demais..
Tenho tantos momentos doces na memória.. momentos que vivemos a dois.. como os mergulhos no mar contigo, as noites em que dançámos .. juntinhos, desajeitados, mas felizes, tão felizes por nos termos um ao outro, por estarmos juntos...
Sim, tenho a memória cheia de ti, tal como ainda sinto o teu cheiro pela casa, mas já não estás aqui..., irei partilhar esses momentos preciosos, mas neste momento, estou tão triste amor, só te queria aqui... Amo-te...  muito. 

* Autoria da foto - Life, Love and Photograph

11 de julho de 2014

Memórias numa tarde de Sol..



Flor de Cerejeira, foto tirada num dos meus passeios pelo campo, Março de 2012

Fim de tarde de um dia menos bom, sinto o cansaço...mas apesar de tudo, não vou logo para casa, sento-me no terreno no campo que rodeia a casa, oiço os pássaros a chilrear, quase numa sinfonia, primeiro um, depois o outro, esta uma tarde agradável sinto o vento leve na face, o aroma doce das flores, das ervas, do campo e sinto-me a esvaziar a mente do cansaço, do peso das horas, dos aborrecimentos e até de alguma tristeza, de quem por vezes nos tira algum sorriso ...

Sinto a tua falta amor, sinto a falta dos amigos cúmplices que me fazem sorrir, pode ser apenas um dia menos bom, mas sinto-me só ... Olho para as flores, para as ervas e lembro-me que já não saio para fotografar a algum tempo.. Quando ainda te tinha nos meus braços, aqui na nossa casa, nas tardes de sábado, pegava na câmara e ia fotografar, tu rias-te, mas para mim era quase um ritual.. Saia ao entardecer, sentava-me na relva e sentia-me tranquila, passeava no campo, fotografava, o por do sol, as flores, as borboletas e ate as esquivas libelinhas.. no inverno depois da chuva, sentia o cheiro da terra molhada.. E vinha para casa mais leve.. O campo é um despertar de sentidos, os cheiros, o vento que sentimos ou o calor na pele, os sons, não só dos pássaros, mas também dos grilos, o pôr do sol que traz uma luz filtrada pelas árvores, tão bonita.. e por último ao olhar para uma figueira, os sabores, as árvores de doces frutos..

Cresci no campo e sinto paz na calma da natureza, assim como a sinto no embalo do mar e no cheiro a maresia.. Vem-me à memória a nossa adolescência, em que rebeldes, fomos namorar para o campo da vizinha, por baixo dos ramos de uma árvore, numa tarde bonita como esta.. Memórias boas que trazem um rio de saudades e que me recordam do que fui, do que sou e do caminho que tenho que seguir e esse caminho é ao teu lado...

Começa a anoitecer, vou para casa, com a promessa que vou voltar a sair com a câmara para fotografar o que está mais próximo de mim, a tranquilidade do campo e quando chegares, na objectiva vai estar o teu sorriso, a areia, o mar, de um tempo tão nosso e que há muito o ansiamos. 

⦁ Texto escrito dia 10/07 cerca das 19 horas.

Mais fotos de flores aqui, e do campo aqui.

* Autoria da foto - Life, Love and Photograph

17 de junho de 2014

Parabéns meu Amor..

Foto de Harold Villaflor

Fazes hoje anos Amor...
E eu sei o quanto gostavas de estar aqui comigo.. custa-me tanto estares longe neste dia...
dói-me mais esta tua ausência nos teus anos, do que estar sozinha nos meus..

Porque adoro te surpreender, mimar, ver-te a sorrir, ver-te com os olhos a brilhar.. em suma adoro-te ver feliz.. adoro fazer-te feliz ... e estar ao teu lado neste teu dia dezassete de Junho para o comemorar contigo..

São trinta e quatro Primaveras.... Verões, Outonos e Invernos que já percorreste e eu sinto-me grata por ter passado a grande maioria destas estações contigo..

Conheci-te na primeira classe, ás vezes parece que foi quase noutra vida, por vezes parece que foi ontem, o tempo é uma coisa estranha realmente.. mas a realidade é que corre rápido demais.. conheci o menino reguila, com quem brinquei; o adolescente rebelde que cresceu comigo e o Jovem adulto por quem me apaixonei.. até hoje.. tenho muito orgulho em ti e no homem que te tornaste.. e que eu amo muito.. 

Por vezes sinto-me uma sonhadora por acreditar no '' amor de uma vida '', em tempos de relações bem mais fugazes, porque há quem procure o '' the one '' toda uma vida e poderá encontrar mais tarde ou não, acredito que há também quem já o conheceu e nem se apercebeu ou lutou por esse amor, ou por alguma outra circunstãncia o perdeu..

Amar não é fácil, é preciso um '' querer muito bem '' a quem está ao nosso lado, ser muito amigo de quem também nos ampara, sermos companheiros de uma vida.. Cúmplices, muito cúmplices.. gostar verdadeiramente desse alguém..

E sentir este amor com uma força avassaladora... por vezes dói e muito, quem disse que o amor.. não dói.. mentiu, dói quando nos magoam, dói quando quem mais amamos... está longe.. 

Há dias em que a saudade é insuportavél, dias duros, muito duros, em que por vezes sinto que me roubaram metade de mim.. em que me sinto perdida e incompleta sem ti e sinto-me impotente, muito impotente.. quando sinto a tristeza do teu olhar, a tua saudade e a minha vontade é abraçar-te até esse olhar se iluminar de novo, até sorrires novamente.

Mas hoje meu amor, não é um dia triste, é o dia em que nasceu o amor da minha vida, é o teu dia.. sorri, tenta aproveitar da melhor forma e fica a promessa que o vamos comemorar no teu regresso que será em breve..

Já sei que vais dizer que é só lamechices, mas eu sei que lês este blogue com carinho, sempre ;)

Há dias sobre este post, disseste : '' cada dia mais ? ''  Sim, amor, amo-te muito, cada dia um pouco mais.. 
Muitos Parabéns meu amor !  

5 de junho de 2014

Obrigada meu Amor ..

Foto de Maria Shickle

Porque há dias em que tudo parece negro, em que a saudade dá cabo de mim, em que me faltam as forças e a tristeza se instala. Dias em que o vazio se agiganta, dias em que só te queria aqui, o teu abraço, o teu carinho e o teu aconchego. Dias em que não consigo chorar e dias em que não consigo segurar as lágrimas.

Hoje foi um dia destes, duros, em que não as consegui segurar.. mas tu mesmo longe nesta distância que parece nunca mais ter fim, ouviste-me, confortaste-me, conseguiste-me fazer sorrir, lembraste-me de uma tarde de verão em que fomos á nossa gelataria preferida e comprámos gelados e que tu querias comer na gelataria e eu, nas minhas ideias, quis que levássemos os gelados para os saborear no campo e consegui-te convencer, recordaste-me que acabámos esse final de tarde de verão, no campo atrás da casa, sentados num pequeno banco a conversar e deliciados com o sabor de lima e entre os barulhos dos pássaros e do vento, ali ficámos..

Obrigada por seres assim, pela tua força, por me dares força, por me fazeres sorrir, por me fazeres acreditar que tudo vai melhorar e que em breve vamos estar juntos novamente .

Obrigada meu amor

Mariza - O Tempo Nao Para

18 de maio de 2014

Gravado na memória..

Foto by Blue Mountain

Está um sol maravilhoso, um sol que me aquece a pele e a alma..

Neste Sábado á tarde, sinto-me dormente.. Talvez por estar adoentada, talvez pelas saudades que tenho tuas, pergunto-me o que estarás a fazer agora nesse país frio e tão distante de mim..

Há dias assim.. Em que nada nos acalma.. em que tudo nos falta.. em que o desassossego se instala..

Há dias em que nem mesmo esta luz que me aquece, a rádio que toca a nossa música e os pássaros que oiço ao fundo a chilrear me acalmam esta falta de ti.. este vazio que se instala ..

Amenizam talvez.. porque me levam a abrir as gavetas da memória .. Porque esta música, ouvi contigo numa tarde bonita como esta..
Mas ao mesmo tempo as memórias vem carregadas de saudade.. E a saudade que sinto desse teu olhar atrevido.. meigo.. Desse abraço que me aperta e tranquiliza.. Deixam-me assim neste estado de melancolia, triste talvez.. mas também grata por te ter e pelos momentos que vivemos e por tudo o que ainda anseio viver contigo..

As memórias, o que vivemos, as marcas que o tempo grava na nossa pele .. aquele cheiro que nos leva para um lugar onde já fomos felizes.. aquela música que nos remete para um momento só nosso a dois .. 
O que passamos, o que vivemos, o que a vida traz para nós.. Vai-nos mudando.. alterando .. devagarinho.. ao compasso do bater das ondas.. ao compasso do mar que vai levando e trazendo cada grão de areia..

Vamos mudando devagar.. aprendendo que ao contrário desta mudança.. a vida corre.. passa rápido demais e que o bom da vida.. é simples e precioso e quando estes momentos surgem.. sim, porque a felicidade é feita de momentos..  Queremos que durem.. que o tempo pare.. sentimos que só o ali e agora é importante e queremos gravar na nossa memória para sempre, para podermos revisitar e voltar atrás no tempo.. como se de uma bobine de um filme se tratasse..  

E é desta forma que aprendi a viver, a apreciar, a valorizar tudo o que de bom a vida tem e aqueles momentos tão especiais, os '' lugares'' onde fui feliz.. e sei que o farei sempre.. e assim vou construindo o filme da minha, da nossa vida.


Esta música que amo, a Love Song - Seal - Secret

Memórias de um amor..

Saudade..

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