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30 de julho de 2016

Serra, mar. E os lugares a que chamamos casa.

Acredito que nos podemos sentir em casa em qualquer parte do mundo. Sempre acreditei. Apesar de amar Portugal, o meu país, de coração e alma e de para mim, ser a minha casa. Sei também e acredito, que nos sentirmos em casa, é algo complexo.

Acredito que é possível, nascer e crescer num país, sem nunca o sentimos como tal, como a nossa casa. Acredito que é possível viajar, estar no outro lado do mundo e sentirmos que chegámos a casa. Termos esta sensação, este conforto no coração, na minha opinião, tem a ver com identificação. Identificarmo-nos com a cultura, com as gentes, com o lugar... é amor. E o amor é tão difícil de explicar... Sente-se aquele quentinho no coração, aquele conforto. Sente-se que se pertence ali. E essa sensação de pertença, é do melhor que se pode sentir... quer seja de pertença a um lugar, quer seja, quando o nosso coração pertence a alguém. Quando sentes que aquele lugar é a tua casa. Quando sentes que aquele alguém, aquele abraço, é também a tua casa.

Quando somos emigrantes, damos por nós, a pensar em todas estas coisas...
Muitas vezes é-se criticado, quando encontramos este lugar especial, fora do nosso país natal e por vezes, há quem já não queira voltar. Não para viver definitivamente, voltam apenas de férias. Aqui, a critica, é quase, como se fossem ingratos, como se tivessem abandonado o seu pais. Numa situação inversa, há também quem pense, que ao ser emigrante, ao estar noutro país, não se ambienta, não encontra a sua casa, quem não quer... como se fosse possível mandarmos no nosso coração... não podemos mudar os lugares, as gentes, as culturas, nem mesmo a frieza em alguns corações... não podemos... no meu caso, é isto que acontece. Podes estar num lugar belíssimo, mas se a tua alma é feita de sol e de horizontes e as montanhas encobrem, sentes-te preso. Podes estar num país rico, mas se as pessoas têm atitudes, de uma pobreza de sentimentos imensa e são tão diferentes de ti, de nós, da nossa forma de viver, cria-se um distanciamento muito grande, uma falta de identificação muito difícil de ultrapassar.

Pode existir uma razão apenas, ou muitas, para se gostar ou não de um lugar. No caso da Suíça, falo, por exemplo, de uma falta de cuidado e de acompanhamento das suas crianças, que vão desde os três, quatro anos, sozinhas, sem os pais para a escola ou creche... e se lhes acontece algo, se são atropeladas, a responsabilidade nunca é dos pais. Percorrem grandes distâncias a pé, por vezes sós, outras, com colegas da mesma idade ou pouco mais velhos, mesmo que esteja a chover ou a nevar intensamente. Já vimos várias situações de perigo, de crianças muito pequeninas quase a serem atropeladas, porque vão a brincar no meio da estrada. E para eles, os pais e as mães portuguesas, são os piores. Chegando a proibir de levar e de ir buscar, as crianças à escola... Porque não os deixamos ser independentes, porque não os deixamos ser responsáveis. Acredito que proteger demais não é bom, mas esta forma de viver e de pensar, sobretudo, de tratar os seus (e os nossos) filhos, causa-me muita confusão. E sinceramente, não me imagino a ter filhos num país assim. Claro que há pessoas boas e conscientes em todo o lado. Mas quando esta forma de viver, de ser, faz parte da cultura de um país, torna-se complicado.

Poderia vos falar de outras coisas, com as quais não me identifico e que me fazem sentir que esta não é a minha casa. Ou posso apenas dizer, que é um amor imenso, que me faz querer voltar e ficar. Mas seja como for, casa, é onde nos sentimos bem e felizes. E isso pode acontecer em qualquer lugar. Podemos partir e nunca mais voltar, encontrando o nosso porto de abrigo onde nunca pensámos que fosse possível. Podemos deixar a nossa casa e regressar, regressar ao lugar onde fomos e somos felizes. Ou podemos até, nunca partir. Ter sempre vivido no nosso país e sentirmos que aquele é o nosso lar. Seja qual for a situação, seja qual for o local, só cada um de nós o sabe. Sem julgamentos, porque o amor não se julga. Sente-se. Só cada um de nós sente, aonde, a que lugar, pertence.

Eu pertenço aqui, a este verde, a este mar - a este amor. ❥





 Tanto verde... tanto mar...

21 de abril de 2016

Coisas que me fazem sorrir.. o amor, sempre o amor.



vem nos livros que o que liga duas pessoas é o amor que se tem ao outro. aquela vontade de querer estar, a ansiedade do abraço, as saudades da presença. vem nos livros que a dimensão do amor vem da intensidade do que se vive, e da falta do que não se vive. assim, é o manter da chama, desse ardor de quem se gosta, que faz com as histórias sejam eternas. que perpetuem as horas em dias, os meses em anos. acrescento eu, que mais que o amor, é a alegria do estar que verdadeiramente constrói uma relação. mais ou menos romântico, é a capacidade de fazer rir, de fazer aproveitar cada momento, de apreciar um pôr-do-sol, uma música, ou simplesmente um café quente logo pela manhã. essa coisa, tão simples, de ser bom viver ao lado do outro..

mas, depois do amor, depois do riso e da tontice, há algo muito mais sério que liga duas pessoas: o que somos um para o outro. há quem lhe chame energia, karma, força. pouco importa o nome. mas é esse papel, de suporte, que marca para a vida duas pessoas. quando, em algum instante, fomos uma ajuda num momento mau, fomos uma inspiração, quando abrimos barreiras, quando de alguma forma ensinamos o outro: a viver, a amar, a ser. e não em jeito de professor, de guia, ou de ser superior. pelo contrário, na forma mais humilde de ajudar, que é apenas estar ao lado, sempre, a dar a mão, a incentivar, a fazer acreditar.

o orgulho maior que se pode ter no que somos para alguém, é quando nos dizem que somos a força que segura, que somos a energia que faz sorrir. que somos quem ajudou a sair de um momento difícil, seja da saúde ao trabalho, à família, ou ao complicado que a vida ás vezes é. amar alguém é muito mais que sentimento, e tem a ver com essa dedicação, essa preocupação permanente em saber do outro. é estar atento a cada detalhe, desde o tom da voz, ao brilho dos olhos, ou - tão importante - à forma como um corpo se dá ao abraço. estamos de verdade ligados, quando se sabe ler o outro neste momentos. seja um filho, um pai, ou um amor, é isso que nos liga para a vida - muito mais que os sentimentos, é o estar presente sempre. sem querer nada em troca. porque quando se ama, poder estar ao lado a puxar a mão já é a maior felicidade que se pode ter. sorte a minha, de o poder fazer todos os dias..

* Texto maravilhoso do autor do blogue - Momentos.

E ainda este vídeo, tão, mas tão bonito!



*Autoria da foto e do vídeo de Ivan Troyanovsky. Facebook e Instagram.

12 de março de 2016

Quando a ternura for a única regra da manhã..


'' Um dia, quando a ternura for a única regra da manhã, acordarei entre os teus braços. a tua pele será talvez demasiado bela. e a luz compreenderá a impossível compreensão do amor. um dia, quando a chuva secar na memória, quando o inverno for tão distante, quando o frio responder devagar com a voz arrastada de um velho, estarei contigo e cantarão pássaros no parapeito da nossa janela. sim, cantarão pássaros, haverá flores, mas nada disso será culpa minha, porque eu acordarei nos teus braços e não direi nem uma palavra, nem o princípio de uma palavra, para não estragar a perfeição da felicidade. ''  Texto de José Luís Peixoto, 
 A Criança em Ruínas.

Gostei deste texto tão bonito. A ternura deveria ser mesmo uma regra, ou como diz o Papa Francisco, devemos praticar a Carinho Terapia... Num mundo cada vez mais cruel, precisamos de mais pessoas assim, que, mais do que uma inspiração, que amem sem mais e que demonstrem que este é o caminho.

Deixo-vos com algumas coisas bonitas que me inspiraram. 

Um Post ternurento, onde podem ver mais fotografias como a de cima, em que Brad Pitt fotografou a Angelina, como ele a vê.

Um blogue, uma iniciativa fantástica, onde um grupo de fotógrafos, fotografa desconhecidos e conta as suas histórias :
Um Estranho por dia.

Um talento, um jovem Suíço e as suas criações. Conheçam o divertido Rikiki e outras personagens que ganham vida, pelas mãos de Apredart.

Uma música que adoro e ... Um beijinho para vocês! ❤

*Foto de autoria de Brad Pitt.

5 de março de 2016

Luz sobre o mar..

Hoje trago-vos novamente o mar... Retomamos a viagem à Ericeira. Nas fotos de hoje (e no vídeo), irão ver, um casal a namorar, uma rapariga que passeia o seu cão, uma gaivota que passa e o cair da noite, que doura as águas com os últimos raios de luz... Pequenos detalhes, momentos, que me fizeram sorrir, que me fizeram tão bem. Quase, como, se ao fechar os olhos, estivesse lá... a ouvir o bater das ondas, a contemplar... quase que sinto... o cheiro a mar, a sal, a maresia... Estas maresias que me encantam... Às vezes penso, como posso eu viver, agora, num país que não tem mar ? Logo eu, que amo o oceano... Espero que gostem destas fotos e que sintam um pouco, do que eu senti. Um pouco deste amor.


A discoteca Ouriço, a discoteca mais antiga de Portugal. Esta discoteca muda constantemente a sua fachada.  
Aqui, podem vê-la, vestida de Alice no país das maravilhas.




Brincadeiras na areia


E lá, ao longe, bem perto do mar, alguém namora...

'' Quando amamos alguém, não perdemos só a cabeça, perdemos também o nosso coração. Ele salta para fora do peito e depois, quando volta, já não é o mesmo, é outro, com cicatrizes novas. Às vezes volta maior, se o amor foi feliz, outras, regressa feito numa bola da de trapos, é preciso reconstruí-lo com paciência, dedicação e muito amor-próprio. E outras vezes não volta. Fica do outro lado da vida, na vida de quem não quis ficar do nosso lado. ''  - O dia em que te esqueci, de Margarida Rebelo Pinto.


 Este mar... Esta paz.

28 de fevereiro de 2016

Onde guardamos o amor ?


'' Às vezes pergunto-me onde guardamos nós este amor todo, quando ainda não temos filhos. Onde fica depositada esta quantidade de sensações que a maternidade nos põe ao léu, em carne viva. Não se desperdiça, sei que não. No Amor, tal como na Natureza, nada se perde, porque tudo se transforma. Ficamos capazes de amar desmedidamente outros entes queridos, outras paisagens, outros mundos à volta.
Mas ainda assim, sabendo esta verdade quase absoluta, não me lembro de ter amado nada parecido antes de ter sido mãe. E essa constatação assusta. '' - ( texto do bonito blogue da Marta - Dolce Far Niente ).
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Gostei deste texto... Não sei onde guardo todo este amor, mas sei que é imenso, infinito. Um oceano, pronto a transbordar à espera desse momento, e quero muito acreditar, que um dia, vai acontecer.
 Até lá, como diz a autora, vou amando desmedidamente outros mundos. Até que surja esse amor maior, esse amor que assusta. Esse amor a quem damos vida e pelo qual daria a vida.
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 Deixo-vos com estas músicas, todas de autores portugueses. Todas tão bonitas.
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Tiago Bettencourt - Fúria e Paz
Diogo Piçarra - Sopro
Carolina Deslandes - Heaven
Darko - Until the Morning Comes
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 E com estes três cantinhos. O primeiro, para quem gosta de arte, de desenhos, de coisas bonitas. O segundo, para quem é curioso (como eu) e gosta de factos sobre a nossa cultura, curiosidades, história. E por último, um blogue bonito e inspirador.

Latest - Liekeland
Ncultura
Grace Upon Grace
*Autoria da foto - Grace Upon Grace

23 de fevereiro de 2016

O amor que trago dentro...

De volta. De volta a este lugar que me faz tão bem… este meu canto de partilhas, de coisas boas. De amor. Regresso não só ao blogue, mas também a esta terra montanhosa, onde lá bem no alto, os Alpes cobrem-se de neve e o ar gelado sente-se no rosto. Volto, trazendo em mim, calor, sol e luz. Muita luz, desse lugar que trago no coração, desse lugar, onde sou verdadeiramente feliz. .

Partimos da Suíça debaixo de uma neve intensa e de um frio gélido, para um sol luminoso e belo em Lisboa. Ainda no avião, avisto o rio, a ponte 25 de Abril e a orla tão bonita das praias de Sintra. Sinto as lágrimas a querem surgir… Contenho-me. Um pouco por vergonha dos que me rodeiam... Avistar Portugal, ver, mesmo que seja ao longe e ainda bem lá do alto, tem sempre este efeito em mim, um nó na garganta, uma saudade e uma ansiedade que se agiganta, uma vontade de chorar imensa. Ficámos separados, ele do lado contrário do avião, diz-me mais tarde, que avistou ao longe, o Palácio da Pena no topo da serra. E foi assim que fomos recebidos e chegámos ao lugar que chamamos Casa.

Nestes dias, as palavras, família e amor, dominaram. Mas mais do que palavras, foi o que senti e o que trago dentro...

Conheci o meu sobrinho bebé (filho do meu irmão mais novo), com pouco mais de um mês… coisa boa, calminho, sereno… No meu colo, atento, olhou para mim e para tudo que o rodeia, com uma curiosidade tão própria e bonita de quem tem o mundo por descobrir e conhecer. Quase como se o quisesse sorver de uma só vez. Um amor! Um pequenino (grande) amor.

Abracei os sobrinhos já maiores (doze e dezasseis anos, filhos da minha irmã), conversámos, brincámos. Numa tentativa de recuperar um tempo (perdido), que nunca se recupera…

E entre beijos e abraços fortes, voltei a ver a barriguitas linda, a irmã de coração, a minha cunhada e o meu irmão (mais velho) quase a serem pais. Trago em mim, as conversas boas, os risos, os abraços, a cumplicidade, o amor que vi e não esqueço… as festinhas imensas que a vi a dar na barriguinha já enorme. O que senti, quando ao querer sentir o bebé, o malandro quis dizer um olá à tia, com um pontapé grande, que me assustou, mas ao mesmo tempo, fez-me rir e deixou-me tão contente e feliz. Feliz por estar ali, feliz por eles. Entretanto este bebé, já se juntou à família, no dia do amor, no dia 14 deste mês. Não encontro presente melhor que este… Mais um amor pequenino! Bem-vindo meu anjo, estou ansiosa por te conhecer. Já te esperávamos há muito…

Nestes dias, procurei absorver o melhor… sentir o sol no rosto, aqui o sol fica escondido muitas vezes, atrás das montanhas, sentir-me em casa… Bebi café na pequena mesa de madeira na varanda, a ouvir os sons da noite… uma noite que estava calma, serena, sem frio. Mais tarde já no quarto deitada, começa a chover intensamente e em pensamento, agradeci aquele bocadinho, aquele momento de tranquilidade que me foi concedido... O meu, o nosso quarto, as saudades que eu tinha, deste espaço… tento sempre reter tudo em mim… o cortinado onde a libelinha mora. As flores pequeninas, rosas e brancas da jarra na mesa de cabeceira, assim como a bailarina de loiça branca que eu escolhi como adorno. Talvez para me lembrar, que a vida deve ser levada como uma dança, com alegria. Nem sempre no compasso certo.. mas guiada por amor.

Só temos a verdadeira noção da falta que tudo nos faz, no regresso, em Casa, onde nos sentimos em Casa. Podemos ao longe sentir saudades, mas é no regresso, quando sentimos a alegria do reencontro da família, dos nossos amores, dos lugares, das coisas simples que nos fazem tão bem, aí sim, temos a consciência, do quanto tudo aquilo nos faz falta… uma imensa falta.

Encontrei ainda, no mar, o meu refúgio, a minha paz. Precisava de ver o mar… Durante dois dias, descansámos, namorámos à beira-mar, na vila bonita da Ericeira. A terra das casas em tons de branco e azul, tão simples, tão bonitas... A Ericeira tem um pôr-do-sol, dos mais bonitos que já vi… parece pintado a aguarelas, onde cada traço faz parte de uma pintura, serena e perfeita. Nestes dias aproveitei para fotografar, para trazer comigo um pouco desta beleza, mas soube também, pôr a câmara de lado. Contemplar, reter o máximo que conseguisse. E o que eu adoro o mar no Inverno… É no Inverno que ele mostra o quanto é deslumbrante. No Verão, o mar é de todos. No Inverno pertence apenas a ele próprio e às gaivotas que o sobrevoam..

As imagens que deixo neste Post (e nos próximos), são imagens de momentos bonitos, de simplicidade, de saber tirar o melhor da vida... As ondas do mar, o pôr-do-sol, a areia dourada pelos últimos raios de luz, uma gaivota que passa. Um cão que brinca com a dona, uma mulher que contempla o oceano, um casal que namora à beira do mar... Momentos simples, mas tão bonitos. Espero que sintam um pouco do que eu senti nesta viagem. Deixo ainda, e irei deixar nos próximos posts, um pequeno vídeo, apesar de não ter muito jeito para filmar, quis trazer comigo, um pouco mais de mar.

Este post é ainda, um agradecer. Agradecer pelos momentos preciosos, pelos lugares que nos estão no coração. Agradecer pela dádiva preciosa que é a vida, em que mais dois bebés se juntam à família. Agradecer por todo o amor que vi e vivi... Agradecer pelos vossos comentários (que entretanto já respondi ;), que me fizeram sorrir e ficar tão feliz... Um Obrigada a todos. Um Obrigada, à Vida





A natureza pinta assim...





 '' A felicidade é uma soma significativa de coisas insignificantes.'' - Pedro Chagas Freitas

24 de dezembro de 2015

Um Natal cheio de doçura..

Estava difícil voltar aqui ! E eu cheia de saudades e com tantas imagens bonitas para vos mostrar... O meu computador tem feito das suas e não tem sido fácil o seu arranjo, apesar de ainda não ter a certeza de estar ultrapassado, hoje consegui voltar. Mesmo a tempo de vos desejar um Natal cheio de doçura. Um Natal cheio de luz. No pinheiro que brilha e nos vossos corações. Que haja família, ou um abraço forte que vos conforta. Que haja alegria e sorrisos. Que haja calor. Que haja Amor.

Deixo-vos com este pequeno vídeo, com uma mensagem tão bonita!

Um Feliz Natal para todos!

 * Fotos da autoria de Gabriela Tulian.

25 de outubro de 2015

Inspirações num dia frio de Outono..


Esta foto maravilhosa, onde a escuridão não apaga toda a luz, beleza e ternura, que ela contém.

Uma receita a experimentar, acompanhada de um chá bem quente. 

Um pequeno vídeo doce, doce... da talentosa Elena Shumilova.

E este texto maravilhoso, escrito por um pai para as suas filhas. Uma metáfora para a vida :

''Num banho, a temperatura ideal para dois não existe. Na vontade de ter a água mais quente, fecha-se um pouco o registro. Na esperança de esfriar, abre-se tudo. Nesse vai-e-vem, minha-vez-sua-vez, deixa-que-eu-cuido-disso, a única coisa que acontece mesmo é a água não ficar quente do jeito que um quer, nem fria como o outro queria. Quente demais? Esquiva. Fria demais: arrepio. Testa-se, antes, com as extremidades. Os pés, os dedos das mãos. O mergulho vertical só acontece com a segurança de que a água está de acordo com o que o corpo espera. Espero que vejam nisso, filhas, o que são as relações. E de onde parte a tolerância com o que é a vontade do outro. A temperatura ideal para dois nunca virá. Hoje, talvez ela esteja mais quente do que queremos. Amanhã, pode ser que esteja perfeita para nós –  e fria demais para o outro. E que assim, dia após dia, a gente se abrace, dance, pule, se arrepie, se esquive, descubra com a ponta do pé se dá para entrar ou não, brinque com isso. E que o amor nos banhe. E que as diferenças escorram pelo ralo.

Do seu pai,
Pedro.''

Texto de Pedro Fonseca.

8 de setembro de 2015

Trago este mar no meu coração...

Trago este mar no meu coração, trago todo este azul onde o meu olhar se perdeu...

Trago o dourado do sol na pele e na alma, o cheiro a maresia e a frescura dos mergulhos no oceano...

Trago destas férias momentos doces, abraços que me confortaram, reencontros com quem tanto amo e notícias maravilhosas, coisas boas que ai vêm.

Deixo tanto para trás, mas trago em mim, muito de onde sou verdadeiramente feliz.

E aqui, à distância deste país onde já é Outono, quase Inverno, chego a conclusão, que trago o mais importante... trago amor. E esse... esse está sempre comigo. 

 Céus da Figueirinha

Serra da Arrábida ao anoitecer

 Serra da Arrábida, de onde se avista este azul...

Vista sobre as praias de Gálapos, Galapinhos e Figueirinha.

Águas turquesas, límpidas...Vista sobre a praia da Figueirinha.

Praia da Figueirinha

Banco de areia da Figueirinha

Arrábida, Agosto de 2015

* Autoria das fotos - Life, Love and Photograph

17 de abril de 2015

E hoje chega esse abraço... Finalmente !

Foto de Gabriela Tulian
Escrevo já de madrugada. Ansiosa pelo final do dia, ansiosa por esse teu abraço, que me tem feito tanta falta... a falta que fazemos um ao outro, não é amor... Uma semana, este é o tempo que temos para nós, ainda na nossa casa e no nosso país... Posso passá-la agarrada a ti ? Nos teus braços... perder-me aí e não pensar em mais nada... Ancorar-me ao teu peito... afagar o teu cabelo, ver-te a dormir tranquilo e sorrir... Sorrir, quando a meio da noite, me procuras, me abraças e mesmo a dormir, dizes que amas. Aí sorrio, muitas vezes até, sem mexer os lábios. Aí, sinto-me amada.. Já aí vens, amor ?


Sei que tenho andado mais ausente, deste meu cantinho. Mas, nesta fase de tantas mudanças na minha vida, não tenho conseguido a inspiração necessária e que o blogue merece. Ideias não me faltam, novas rubricas, coisas giras para partilhar... Falta-me sim, para além da inspiração, também o animo e a concentração para as concretizar. Farei uma pequena pausa, não só para aproveitar esta última semana, mas também para vos trazer coisas novas. Gostaria de ter a vossa opinião, para me ajudarem a ir ao encontro do que mais gostam neste espaço, mantendo a essência do blogue, que reflecte também a minha essência e o que gosto. Posso contar convosco ? Deixo algumas perguntas para ser mais fácil e agradeço a vossa ajuda. ;)

  • O que gostas mais no blogue ? 
  • O que gostarias de ver no Life, love and photograph ?
  • Que tipo de posts preferes ? ( de fotografia, pessoais, outros - diz quais )
  • Gostarias de ver o blogue com outro design ? ( outras cores, outro cabeçalho, etc )

Provavelmente, da próxima vez que publicar, já o farei da Suíça... Longe da minha casa, mas perto de quem amo 
(e como já disse aqui, anteriormente... perto daquele, que é também, a minha casa). Um beijinho grande e até já.

* Post escrito a ouvir músicas bonitas como esta - Bon Jovi - ( You Want To) Make A Memory

28 de março de 2015

Não há lugar como a nossa casa..

Foto de autor desconhecido
Fim de tarde de Março, fim de tarde de uma Primavera, que parece não querer chegar. Está vento, muito vento... olho pela janela da cozinha e vejo o campo, as árvores de fruto, as flores... E pergunto-me, o que verei eu, em breve, da janela dessa casa, onde vou morar ? Tão longe daqui... tão longe da minha verdadeira casa...

Falta um mês para eu partir... sinto-me dividida. Por um lado ansiosa; porque vens cá a Portugal, vens passar uma semana comigo e parece que nunca mais chegas. Por outro lado, não quero que o tempo passe, porque sei que partiremos os dois para um país que não é o nosso, para uma casa que não a sinto como nossa. Podem dizer, mas é só uma casa... Mas o nosso lar, nunca é só uma casa, está carregado de memórias... memórias vividas que a tornam única...
o chão, onde namorámos, quando ainda estava vazia; a varanda, onde tantas noites, bebemos um café, a olhar a lua, a ouvir os sons da noite, onde conversámos e rimos, de conversas tontas, nossas... o quarto, onde dancei contigo, onde te abracei forte... esse refúgio, onde tantas vezes me senti protegida nos teus braços...

Dou por mim, por vezes, a querer levar tudo connosco... como se isso fosse possível... E ao mesmo tempo, a querer deixar tudo como está, deixá-la intacta, para sempre que voltar a ela, a sentir como nossa... 

Sinto, que me estou a despedir de tudo e custa-me tanto... O deixar não só a casa, mas o nosso país.... as nossas pessoas, família. Tudo o que conhecemos...

Contei-te, que uma destas noites, não conseguia adormecer. Nunca mais dormi bem, desde que partiste. E na tentativa de adormecer, de serenar a mente de todos estes pensamentos... tentei pensar em algo que me acalmasse, o campo... o mar e os seus sons; das gaivotas... do bater das ondas... Mas nada disso me acalmou... e o que me veio à mente, foi, o deitar a cabeça no teu peito... onde tantas vezes adormeci e onde me sinto segura... 

Por isso amor, sei que quando aí estiver e sentir saudades de casa (e de casa, refiro-me a muito mais, do que a habitação, refiro-me a Portugal), terei sempre o teu peito, onde a minha cabeça repousa, onde oiço o teu coração, o teu respirar... ou quando me apertas no teu abraço... me confortas e nesses abraços, esqueço tudo... esqueço o mundo... Sim, aí amor... também me sinto em casa. 

Deixo-vos esta música, tão bonita - The Cinematic Orchestra - To Build a Home

* Texto relacionado, aqui.

18 de março de 2015

Aos que se esquecem do Amor..

'' Há alturas em que não me sinto deste tempo. Onde tudo é descartável e fácil. Onde se coloca no lixo aquilo com o qual não nos apetece lidar. Onde não é necessário empenharmo-nos no que dá trabalho, pois do outro lado da rua se encontra com facilidade uma outra opção disponível e menos trabalhosa. Que até sorri e é leve e fácil. Não sou deste tempo onde se acha que se ama, mas assim que algo treme, se dá um passo atrás e se decide ir em busca de algo que não nos desnorteie as ideias. Em sucessão. Buscando, em vão, uma relação perfeita. Ou que, por e simplesmente, não nos mace e dê dores de cabeça. Não dando tempo, sequer, para perceber o que poderia - ou não - resultar. Onde é mais fácil desistir do que persistir. 

 Decididamente, não sou deste tempo fácil e de descarte automático. Onde se sente pouco e em doses controladas. Não sei entrar pela metade de mim, resguardando o resto para, no caso de correr mal, os estilhaços não serem por inteiro. Dou-me sem nunca aprender e não fazendo pagar a quem chega as atitudes de quem se ausentou. Não sei mostrar apenas a superfície de mim. Não sei ser ao de leve. Não sei ser só um bocadinho. Não amo com facilidade mas, quando amo, amo com tudo de mim. Amo, não sem espernear, tudo do outro. No bom e no mau. No fácil e no difícil. 

 Não sou deste tempo.
 E não quero aprender a ser. ''        ( texto da autora Rita Leston )

Concordo tanto com estas palavras... Acredito que, para uma relação durar, tem que se lutar por ela, dar tudo de nós e não desistir à mínima dificuldade. Também eu, só sei amar, dando tudo de mim, mesmo sabendo os riscos, de me partir, de sofrer... Mas não consigo ser (nem poderia ser) diferente, dessa forma, não estaria a amar incondicionalmente e para mim, esta é a única forma de amor que faz sentido... Este amor que te tenho, este amor, que com todas as dificuldades de uma vida, com todas as lutas, resistimos e caminhamos lado a lado. A minha mão na tua, a minha cabeça no teu peito, os nossos abraços apertados e assim vamos seguindo por esta estrada, pode não ser fácil, mas vale a pena. E muito.  

Deixo ainda, estas simples frases, mas tão certeiras, ouvidas numa destas noites :
'' O amor morre quando as pessoas não o estimam, não o mimam, não cuidam... não se dedicam... dão as coisas como adquiridas...
O amor é como uma guerra, no bom sentido; a gente tem que combater por ele todos os dias.
As pessoas muitas vezes, esquecem-se do amor... ''  ( novela Jardins Proibidos )

9 de março de 2015

O que Vale por uma Vida..

Foto de Danielle Nelson
'' Gosto tanto das nossas fotos. em especial das que guardo na memória. porque fizemos muito, dissemos mais, sorrimos tanto, mas há imagens, há momentos, há fracções de segundo, que já valeram por uma vida. e para a vida guardei-as em mim. porque é aí, nesse milésimo de minuto, que se distingue quem se ama - sintonia difícil, mas que diz tudo: quando, apesar de verem a partir de dois olhares diferentes, duas pessoas vivem na mesma fotografia. e, ironia, só se tem a certeza de tudo, quando a imagem que mais procuramos é a mais simples, a menos elaborada, mas, por isso, também a mais verdadeira. por exemplo, apenas o teu corpo, nu, descansado, a espreguiçar-se pela manhã. aquele momento em que te viras para mim, de olho ainda meio aberto, me dizes bom dia, e voltas a adormecer mais uns segundos, no meu peito.. a vida podia parar ali. ''     ( texto do blogue momentos. )

Coisas boas, que mesmo não tendo o teu abraço, tornaram este dia da muher mais doce e fizeram-me sorrir :
Ler estas palavras perfeitas, concordo tanto com este texto... e ouvir-te a ti, meu amor, quando   te perguntei, do que gostas mais na tua mulher, em mim... e respondeste, que gostas, dos olhos grandes, castanhos e brilhantes. Que me amas por eu ser quem sou... meiga, amiga e preocupada. Senti que ganhei o dia... Eu também te amo... e muito.
Deixo ainda, esta música, que adoro. 

31 de janeiro de 2015

Quero-te assim..

Foto de Julia Trotti

''Quero-te assim. Ao alcance dos meus dedos. À distância de um beijo.
Quero-te de olhos fechados, em agonia velada, pelo beijo que demora.
Quero-te tão perto, que nenhum de nós consiga dizer ao certo, onde um começa e o outro acaba.
Quero que me sintas e que sintas a urgência de não pensar.
Quero-te assim.. perdido em mim. Sem um espacinho que seja para recuar. ''

Mais um texto tão bonito desta miúda.

E esta música que adoro e que me diz muito - Je T'Aime Till My Dying Day

11 de janeiro de 2015

Somos da mesma matéria de que são feitos os Sonhos...

Já tinha saudades de voltar a este canto tão meu... 

Estas semanas foram boas, cheias de doçura, de ternura, de reencontros e de paz. Cheias daquele abraço que nos enche a alma, que nos conforta e apazigua. Foi um Natal em família, no conforto da nossa casa e aninhada nos braços do meu amor. Nesta época cheia de luz, abracei os meus sobrinhos, ri-me com eles, estive com quem mais amo e que é importante na minha vida. Neste momento em que voltei a estar sozinha, retenho na memória as tardes que passámos juntos, no quentinho do sofá, acompanhados por um chá quente ou por um cappuccino. Tardes, manhãs e dias de mimo, de carinho, de cafunés, dias bonitos cheios de ti... dias cheios de amor.  

E assim começou um novo ano e na incerteza de que não sabemos o futuro, ninguém o sabe, mas sabemos que não podemos deixar de sonhar, já dizia Shakespeare que somos feitos da mesma matéria de que são feitos os Sonhos... 
e o sonho comanda a vida... portanto... 

Um Beijinho muito grande para quem acompanha o blogue e um muito obrigada pelo vosso carinho e pelos comentários doces que aqui deixaram. Um excelente ano para todos. :)

Adoro esta música e vídeo - John Legend - You & I ( Nobody In The World )

* Frase do titulo do Post, de William Shakespeare.

17 de dezembro de 2014

Houve um lugar, onde eu fui o homem mais sortudo do mundo...

Hoje trago-vos nesta rubrica, Histórias Inspiradoras, a história do Ben, da Ali e da Olivia.

Ben e Ali casaram em 2009 em Cincinnati, Ohio. Este casal apaixonado, como forma de marcar o inicio da sua vida e de retratar a sua história, resolveram fazer uma sessão fotográfica na casa que ambos escolheram, ainda vazia. Foram fotografados felizes, no dia do seu casamento em várias divisões da casa.

Esta casa, logo se encheu de vida, Ali engravidou e tiveram a pequena Olivia, que veio trazer mais alegria e felicidade às suas vidas.

No entanto em Março de 2011, Ali adoece e acaba por falecer em Novembro do mesmo ano, vitima de cancro do pulmão. Com apenas trinta e um anos... e quando a sua bebé tinha apenas um ano...

Ben, fica a viver com a Olivia, na mesma casa, até 2013 e nesta data, resolve mudar-se. E como forma de homenagear Ali e o amor de ambos, volta a fazer uma nova sessão fotográfica, na casa, novamente vazia, mas agora com a sua filha. E o resultado é impressionante...

Confesso, que não me foi fácil fazer este Post. Ter conhecimento da história, ver todas as fotografias, de uma vida, de um sonho de um casal, que foi desfeito. Mas, como o Ben refere :

 '' O que eu quero que saibam, é que esta não é uma história sobre dor e perda. Apesar de ainda sentir todas essas emoções, não é isso, que eu quero que vejam nestas fotos, esta é uma história de amor... As nossas vidas vão continuar por um caminho cheio de curvas e incerto, mas a Olivia e eu seremos capazes de olhar para estas fotos e saber que houve um lugar, onde eu fui o homem mais sortudo do mundo... mesmo que tenha sido por pouco tempo. ''

E estas fotos retratam este lugar, este espaço no tempo, onde esta família foi feliz. Um antes e depois emocionante.


Ben e Ali no dia do casamento - 2009

O nascimento da Olivia - 2010


Ben, Ali e Olivia


Reprodução das fotografias - Ben e Ali no dia do casamento - 2009 / Ben e a pequena Olivia - 2013

À espera da noiva / A brincar com a Olivia


Sorrisos... 2009 / 2013

Ben e Olivia - Reprodução da primeira foto do Post.
Ben espera que as fotos ajudem a Olivia no futuro, a lembrar da sua mãe e da casa, onde começaram a sua vida.

Ben refere que as memórias da Ali não vivem naquela casa, vivem sim, nos seus corações e que a maior evidência do amor de ambos, está ali, a sua filha.


A Olivia tem um pequeno anjo de vidro, no seu quarto, que chama de Mommy.


Brincadeiras ;)
Gostaram ? Podem ver um pequeno vídeo que conta também esta história - Father And Daughter

⋆ Nesta rubrica, Histórias Inspiradoras, falo de histórias e de pessoas que inspiram. Histórias verídicas, que quando temos conhecimento das mesmas, nos arrancam, sorrisos e lágrimas. Mas que sem dúvida são histórias que merecem ser contadas.


* Fotos da autoria da irmã da Ali, Melanie, site oficial : aqui.
* Mais histórias que inspiram, aqui.

Memórias de um amor..

Saudade..

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